Qual o maior problema do ser humano? Solidão? Insegurança? Ganância?
Conectada às infinitas redes sociais em um dia tranquilo, meu grande amigo Edvaldo Rodrigues me chama:
Eddi diz:
Oi. Tudo bem? Como está o seu dia?
Eliana de Castro diz:
Oi, meu querido. Tudo bem sim. Está um dia tranquilo. E o seu?
Eddi diz:
Hoje estou um pouco perturbado. Soube que um amigo meu matou a esposa, fiquei triste.
Eliana de Castro diz:
Jura? Conte-me direito. Um amigo muito próximo?
Eddi diz:
Pois é, ela era mais minha amiga, saiu ontem nos noticiários. Acho que foi por ciúmes.
Eliana de Castro diz:
Uau. O mundo está assim, amigo. É triste, né? As pessoas estão perdendo a razão por nada.
Eddi diz:
Fico pensando na situação dos dois agora. Um já não existe e o outro arrependido.
Eliana de Castro diz:
É.Que acabou com a própria vida. Dificilmente se perdoará. Como ele a matou?
Eddi diz:
Com uma faca, tinham apenas três anos de casados.
Eliana de Castro diz:
Pouco. Nossa. Que triste. E eram jovens?
Eddi diz:
Sim, ela tinha 28 e ele 35. O mundo está louco e estressado. As pessoas estão matando por nada.
Não sei o que é pior, se sentir ciúmes ou remorso depois de tudo feito.
Eliana de Castro diz:
Pode crer. Olha, tenho tanto medo de um como de outro. Tenho medo de alguém com ciume de mim e de mim temendo perder alguém. Ninguém merece esse arrombo que a insegurança faz em nosso emocional. Parece que nada supre. E é essa insegurança que nos leva a essa loucura de matar, de morrer, de fazer mal a alguém.
Eddi diz:
A insegurança, sempre a insegurança, só uma coisa modifica tudo isso: alternativas. Mas isso ainda vejo como falta de educação. Não posso tirar o direito do outro de viver porque não se interessa pelo o meu sentimento.
Eliana de Castro diz:
Sempre a insegurança sim, amigo. E depois o egoismo. Se não temos, não podemos deixar o outro ter. É simples. E o povo está cada vez mais preguiçoso para cuidar de si. Hoje li uma frase que até ri depois. Era mais ou menos assim: "Todos os dias quando acorda e antes de sair você arruma o cabelo, porque não faz isso com seu coração?" É boba mas é interessante ao mesmo tempo.
Eddi diz:
Rsrsrsrsrsrs. Pode crer.
Eliana de Castro diz:
Realmente nos arrumamos fisicamente. Mas não prestamos atenção a nenhum sentimento pela manhã. Não meditamos nas razões de estarmos felizes, tristes. Para nos conhecermos melhor.
Eddi diz:
Pura verdade. Estamos atentos ao que vemos o tempo inteiro. Agora, ao abstrato, que é o que sentimos, pouco ligamos. As coisas mais significativas da vida não vemos, apenas sentimos, não é palpável.
Eliana de Castro diz:
Dá trabalho ter sentimentos. Dá trabalho sentir conscientemente. Inconsciente é menos trabalhoso.
Eddi diz:
Pois é, somos escravos dessa sociedade de consumo que mecanicamente o tempo inteiro nos orienta a valorizar só o que vemos, por isso banalizamos as pessoas e valorizamos mais os objetos. O mundo ocidental consegue se relacionar melhor com coisas do que com pessoas.
Eliana de Castro diz:
Coisas desligam quando não estamos a fim. É simples. Aí é que está, né. Hoje o mundo é assim porque se desliga muito fácil.
Eddi diz:
Verdade.
Eliana de Castro diz:
Chateou, desliga. Doeu, desliga. Me traindo? Desliga. É louco. Acho que a solidão é a única coisa que não desliga. E isso leva muita gente à loucura. Essas coisas de relacionamento, sabe. É ego. Mas é ego solitário. Acho que até a pessoa egocêntrica, mas cheia de coisas que a fazer viver, não comete essas loucuras. O ego solitário é mais propenso.
Eddi diz:
Que coisa, é um absurdo.
O caminho da felicidade não é o desapego das pessoas no sentido de não precisar delas, quando as desligamos de nosso sistema quando algo nos incomoda. Pratica-se o desapego errado. O segredo é apegar-se a tal ponto para deixá-la livre. Como podemos deixar livre quem temos medo de perder? Talvez, amando mais nossa própria liberdade.
Ouvindo: Undisclosed Derises – Muse
Foto: Da Internet
Conectada às infinitas redes sociais em um dia tranquilo, meu grande amigo Edvaldo Rodrigues me chama:
Eddi diz:
Oi. Tudo bem? Como está o seu dia?
Eliana de Castro diz:
Oi, meu querido. Tudo bem sim. Está um dia tranquilo. E o seu?
Eddi diz:
Hoje estou um pouco perturbado. Soube que um amigo meu matou a esposa, fiquei triste.
Eliana de Castro diz:
Jura? Conte-me direito. Um amigo muito próximo?
Eddi diz:
Pois é, ela era mais minha amiga, saiu ontem nos noticiários. Acho que foi por ciúmes.
Eliana de Castro diz:
Uau. O mundo está assim, amigo. É triste, né? As pessoas estão perdendo a razão por nada.
Eddi diz:
Fico pensando na situação dos dois agora. Um já não existe e o outro arrependido.
Eliana de Castro diz:
É.Que acabou com a própria vida. Dificilmente se perdoará. Como ele a matou?
Eddi diz:
Com uma faca, tinham apenas três anos de casados.
Eliana de Castro diz:
Pouco. Nossa. Que triste. E eram jovens?
Eddi diz:
Sim, ela tinha 28 e ele 35. O mundo está louco e estressado. As pessoas estão matando por nada.
Não sei o que é pior, se sentir ciúmes ou remorso depois de tudo feito.
Eliana de Castro diz:
Pode crer. Olha, tenho tanto medo de um como de outro. Tenho medo de alguém com ciume de mim e de mim temendo perder alguém. Ninguém merece esse arrombo que a insegurança faz em nosso emocional. Parece que nada supre. E é essa insegurança que nos leva a essa loucura de matar, de morrer, de fazer mal a alguém.
Eddi diz:
A insegurança, sempre a insegurança, só uma coisa modifica tudo isso: alternativas. Mas isso ainda vejo como falta de educação. Não posso tirar o direito do outro de viver porque não se interessa pelo o meu sentimento.
Eliana de Castro diz:
Sempre a insegurança sim, amigo. E depois o egoismo. Se não temos, não podemos deixar o outro ter. É simples. E o povo está cada vez mais preguiçoso para cuidar de si. Hoje li uma frase que até ri depois. Era mais ou menos assim: "Todos os dias quando acorda e antes de sair você arruma o cabelo, porque não faz isso com seu coração?" É boba mas é interessante ao mesmo tempo.
Eddi diz:
Rsrsrsrsrsrs. Pode crer.
Eliana de Castro diz:
Realmente nos arrumamos fisicamente. Mas não prestamos atenção a nenhum sentimento pela manhã. Não meditamos nas razões de estarmos felizes, tristes. Para nos conhecermos melhor.
Eddi diz:
Pura verdade. Estamos atentos ao que vemos o tempo inteiro. Agora, ao abstrato, que é o que sentimos, pouco ligamos. As coisas mais significativas da vida não vemos, apenas sentimos, não é palpável.
Eliana de Castro diz:
Dá trabalho ter sentimentos. Dá trabalho sentir conscientemente. Inconsciente é menos trabalhoso.
Eddi diz:
Pois é, somos escravos dessa sociedade de consumo que mecanicamente o tempo inteiro nos orienta a valorizar só o que vemos, por isso banalizamos as pessoas e valorizamos mais os objetos. O mundo ocidental consegue se relacionar melhor com coisas do que com pessoas.
Eliana de Castro diz:
Coisas desligam quando não estamos a fim. É simples. Aí é que está, né. Hoje o mundo é assim porque se desliga muito fácil.
Eddi diz:
Verdade.
Eliana de Castro diz:
Chateou, desliga. Doeu, desliga. Me traindo? Desliga. É louco. Acho que a solidão é a única coisa que não desliga. E isso leva muita gente à loucura. Essas coisas de relacionamento, sabe. É ego. Mas é ego solitário. Acho que até a pessoa egocêntrica, mas cheia de coisas que a fazer viver, não comete essas loucuras. O ego solitário é mais propenso.
Eddi diz:
Que coisa, é um absurdo.
O caminho da felicidade não é o desapego das pessoas no sentido de não precisar delas, quando as desligamos de nosso sistema quando algo nos incomoda. Pratica-se o desapego errado. O segredo é apegar-se a tal ponto para deixá-la livre. Como podemos deixar livre quem temos medo de perder? Talvez, amando mais nossa própria liberdade.
Ouvindo: Undisclosed Derises – Muse
Foto: Da Internet
2 comentários:
Oi Li!
Muito triste. Meus sentimentos ao seu amigo.
Acredito que o medo é a razão para tanta violência no planeta.
Medo de não ser.
Medo de não ter.
Medo...
Abraços fraternos, Si ^^
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