Sempre li e ouvi que devemos chegar onde planejamos. Nunca perder o foco. Aconteça o que acontecer, temos que alcançar a meta. Mas se pararmos no meio do caminho?
Correndo forte e concentradamente percebi que havia dias que eu não deixava tantos sentimentos evaporarem numa corrida. Notei a tensão dos meus pensamentos e sentimentos impulsionarem meus passos de tal forma que em certo momento achei que fosse desmaiar de cansaço, embora eu não estivesse cansada.
Em determinado trecho, diante de uma paisagem linda, cheia de árvores e aquele perfume rústico de madeira, decidi desacelerar até que parei num quiosque bastante simples. Meu squeeze tinha caído na lama e senti que não poderia seguir sem água. Pedi à senhora que atendia para lavá-lo e enquanto isso aproveitei para sentar e simplesmente observar.
Não havia nada demais para ver, a não ser meus próprios pensamentos. Prosseguir? Parar? Tentar mais um pouco? Desistir? Valeria a pena ou tudo o que penso ser interessante não passa de mera ilusão?
Não queria mais correr. Estava tão bom ficar ali sentada que permaneci. Sem pressa para decidir, sem me importar com o que qualquer um poderia pensar já que eu não comia nada, não falava com ninguém, apenas olhava.
Ali, pensei se realmente temos que ir adiante com todos os planos. Não falo dos planos que ficam para trás pelo comodismo, pela distração. Aqui falo dos planos que em alto e bom som damos por encerrado. Sem arrependimentos, sem medo de seguir para outro desejo que talvez nem esteja ainda claro.
Pedi um pão de mel que parecia delicioso e segui o restante da rota andando. Leve, deliciando-me com aquele doce e com a sensação que me envolvia, notei que tudo pode parar a qualquer instante. E que a falta de controle sobre inclusive o que determinei para mim mesma há cinco minutos é real não só em minha vida, mas principalmente na vida do outro. Um outro que pode abalar minha segurança fortemente.
Se a melhor forma de sentir segurança é viver constantemente inseguro, pois nunca viveremos a sensação de o chão se abrir diante de nós, é saudável mudar de ideia a qualquer instante? O que, afinal, é garantido?
Ouvindo: Stalemate – Joss Stone
Foto: Embu das Artes – Foto Odele Souza.
Correndo forte e concentradamente percebi que havia dias que eu não deixava tantos sentimentos evaporarem numa corrida. Notei a tensão dos meus pensamentos e sentimentos impulsionarem meus passos de tal forma que em certo momento achei que fosse desmaiar de cansaço, embora eu não estivesse cansada.
Em determinado trecho, diante de uma paisagem linda, cheia de árvores e aquele perfume rústico de madeira, decidi desacelerar até que parei num quiosque bastante simples. Meu squeeze tinha caído na lama e senti que não poderia seguir sem água. Pedi à senhora que atendia para lavá-lo e enquanto isso aproveitei para sentar e simplesmente observar.
Não havia nada demais para ver, a não ser meus próprios pensamentos. Prosseguir? Parar? Tentar mais um pouco? Desistir? Valeria a pena ou tudo o que penso ser interessante não passa de mera ilusão?
Não queria mais correr. Estava tão bom ficar ali sentada que permaneci. Sem pressa para decidir, sem me importar com o que qualquer um poderia pensar já que eu não comia nada, não falava com ninguém, apenas olhava.
Ali, pensei se realmente temos que ir adiante com todos os planos. Não falo dos planos que ficam para trás pelo comodismo, pela distração. Aqui falo dos planos que em alto e bom som damos por encerrado. Sem arrependimentos, sem medo de seguir para outro desejo que talvez nem esteja ainda claro.
Pedi um pão de mel que parecia delicioso e segui o restante da rota andando. Leve, deliciando-me com aquele doce e com a sensação que me envolvia, notei que tudo pode parar a qualquer instante. E que a falta de controle sobre inclusive o que determinei para mim mesma há cinco minutos é real não só em minha vida, mas principalmente na vida do outro. Um outro que pode abalar minha segurança fortemente.
Se a melhor forma de sentir segurança é viver constantemente inseguro, pois nunca viveremos a sensação de o chão se abrir diante de nós, é saudável mudar de ideia a qualquer instante? O que, afinal, é garantido?
Ouvindo: Stalemate – Joss Stone
Foto: Embu das Artes – Foto Odele Souza.
2 comentários:
Oi Li!
Eu acredito que se paramos no meio do caminho,apenas nos mostra que estamos em algum patamar de nossas vidas e precisamos colher resultados de experiências para conseguirmos absorver mais elementos para executar determinado objetivo. Acredito que quando sentimos que estamos parados, na verdade estamos nos preparando para dar novos saltos. Já absorvemos muita coisa deste patamar e estamos nos preparando para outros.
Será que existe segurança?? Acredito que não. Acredito que segurança é um estado psíquico.
Será??
Estou adorando esta "fome" que esta tendo para escrever. Maravilha! Adoro seus textos!
Beijokas, Amo-te!
Será que a segurança em vez de estado psíquico não seria estado psicológico?
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