Comi, rezei e amei em duas horas. A versão cinematográfica do livro de Elizabeht Gilbert é tão encantadora quanto o romance. Impossível não se entregar ao enredo – e que bom saber que tudo aquilo foi verdade; esperança para todos que vez ou outra são obrigados pela vida/destino/Deus a traçar novas rotas. Enquanto a belíssima Julia Roberts representava com sensibilidade o drama de Gilbert, eu revivi minha própria história quando, há dois anos, o livro caiu em minhas mãos.
Julia declarou numa entrevista que foi difícil para ela fazer o filme, pela profundidade do texto. As cenas gravadas em ordem cronológica – sacada genial dos diretores – permitiu a ela sentir na pele as emoções vividas pela autora. Mérito não só de Roberts, obviamente, pois o número de mulheres que choravam ao meu redor me impressionou. Todas ali, de alguma forma, compraram o ingresso da primeira sessão não sem motivo. Mais que curiosidade quanto a um tão aguardado filme em dia de estreia, o que se buscava ali era o retrato de algum momento divisor de águas – do passado ou do presente.
Dois anos depois de eu ter virado a última página de Comer, Rezar e Amar sinto-me como Gilbert – ou Julia – no final da história. Largar o conforto para descobrir-se é sempre a melhor escolha quando tudo ao redor parece não lhe pertencer.
Os olhares de Julia Roberts no início da trama foram os meus olhares e o que imaginei ter sido vivido por Gilbert. Casamento, filhos, uma vida que não satisfaz pelo simples fato de satisfazer a maior parte das mulheres. E mais triste que a sensação de abandonar algo que se desejou tanto – e que lutou-se para ter – é continuar dormindo ao lado da solidão, do abandono de si mesmo.
O filme é uma graça. Faz refletir e faz desejar algo mais. Um amor maior, melhor, Deus, paisagens diferentes, novos amigos, mil coisas. Mas o mais importante é a sensação que fica, que por mais que desejemos algo ou alguém, não há ganho em gastar nossa energia em outra coisa que não o autoconhecimento.
Ouvindo: I Know What You Did - Seal
Julia declarou numa entrevista que foi difícil para ela fazer o filme, pela profundidade do texto. As cenas gravadas em ordem cronológica – sacada genial dos diretores – permitiu a ela sentir na pele as emoções vividas pela autora. Mérito não só de Roberts, obviamente, pois o número de mulheres que choravam ao meu redor me impressionou. Todas ali, de alguma forma, compraram o ingresso da primeira sessão não sem motivo. Mais que curiosidade quanto a um tão aguardado filme em dia de estreia, o que se buscava ali era o retrato de algum momento divisor de águas – do passado ou do presente.
Dois anos depois de eu ter virado a última página de Comer, Rezar e Amar sinto-me como Gilbert – ou Julia – no final da história. Largar o conforto para descobrir-se é sempre a melhor escolha quando tudo ao redor parece não lhe pertencer.
Os olhares de Julia Roberts no início da trama foram os meus olhares e o que imaginei ter sido vivido por Gilbert. Casamento, filhos, uma vida que não satisfaz pelo simples fato de satisfazer a maior parte das mulheres. E mais triste que a sensação de abandonar algo que se desejou tanto – e que lutou-se para ter – é continuar dormindo ao lado da solidão, do abandono de si mesmo.
O filme é uma graça. Faz refletir e faz desejar algo mais. Um amor maior, melhor, Deus, paisagens diferentes, novos amigos, mil coisas. Mas o mais importante é a sensação que fica, que por mais que desejemos algo ou alguém, não há ganho em gastar nossa energia em outra coisa que não o autoconhecimento.
Ouvindo: I Know What You Did - Seal
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