segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Interrogações.


Quando agimos com prudência, antes de nos envolvermos “pra valer” com alguém e quando agimos com medo, afastando as pessoas porque não saberíamos lidar com uma vida diferente da que temos? Hoje eu pensei na vida que nos força a mudar. Pensei em nós mesmos que nos motivamos sempre, buscando coisas novas, mas pensei, principalmente, do que evitamos mudar, mesmo sabendo que poderia ser a grande mudança de nossas vidas.

Ouvindo: Jaci Velasquez - Adore

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Há Tantos Anos...


Em nome de quem temos que sustentar uma decisão que tomamos há muitos anos? Como um casamento em que não sentimos mais paixão, mas que em nome dos filhos blá blá blá. Em nome do que ou de quem nos prendemos quando o desejo é outro?

Hoje li sobre os pensamentos de Kierkegaard. Quando ele fala sobre o estágio estético, quando vivemos pelo prazer e somente buscando o prazer (e lemos prazer no sentido de coisas agradáveis e não sexual), penso se não é assim mesmo que a vida deve correr. Como um compromisso que fazemos com nós mesmos assim que acordamos, jurando viver o dia da melhor maneira que pudermos. Mas não é egoísta tal pensamento? Se o nosso prazer é o alvo sempre, não corremos o risco de deixar pessoas machucadas pelo caminho? Talvez não seja em nome dessas pessoas que nos abandonamos em algum momento e não vivemos como queremos viver?

Kierkegaard fala também sobre o estágio ético, quando a vida nos força a tomar decisões marcadas essencialmente por uma vida coerente governada por normas morais. No casamento, por exemplo, deixamos a experiência romântica de lado, tão naturalmente, e passamos a viver um acordo econômico e social. Um pouco frio, eu sei. Mas todas as relações que observo são assim. E pode até ser que outras coisas compensem, mas custo a acreditar. Para mim, a realidade é que tudo muda com o passar do tempo e temos de agir como se não mudasse. E tenho medo sim de provar do veneno de minhas próprias palavras quando me casar, por exemplo (acredito que a negação de nossos desejos esteja em outras questões também).

A vida me surpreende sempre com pessoas que não vivem o que desejam viver. E se vivem, culpam-se tanto. O não viver é tão comum que já faz parte da vida. Uma triste ironia.

Ouvindo: Bon Jovi - This Ain't a Love Song.

Foto: Rio de Janeiro, minha última viagem.

sábado, 2 de agosto de 2008

Diálogos.


Passei na Subway para fazer um lanche, depois que saí da entrevista com o Caio Queiroz, idealizador da Reclicagem, empresa que trabalha com gestão e marketing ambiental. Enquanto as idéias fervilhavam em minha mente, tentando encontrar um ponto máximo do bate-papo para conduzir o texto, descansei meus pensamentos num casal sentado logo à minha frente.

Eles não paravam de se beijar. Que paixão! Eles não conversavam. É! Não os vi conversando durante o tempo que fiquei por ali, mais ou menos uns 30 minutos. Talvez eu goste de conversar mais que a maioria dos casais, sim. E eles me fizeram lembrar de alguns romancezinhos terríveis que já vivi. Meninos que nunca puxaram qualquer assunto comigo e só beijaram. Um horror!

O ano de 2008 tem sido para mim o ano da “não paixão”. Ainda não vivi uma grande história e acho que vou acabá-lo sem viver. Não escrevo com descrença não. Apenas tenho notado mais meus sentimentos e visto o quanto meus critérios para ter alguém ao lado mudaram. Ainda não sei se são exigências altas demais para um homem, mas sei que têm me feito bem.

Estou queimando sutiãs e proclamando a liberdade das mulheres poderem ficar sozinhas sem auto-recriminação. No mais moderno dos mundos que já se pôde viver, mulheres ainda permitem abusos contra seus sentimentos e expectativas para simplesmente não serem vistas sozinhas.

O ponto central deste pensamento não é o casal, porque a realidade deles pertence somente a eles e não tenho por predileção julgar pelas aparências. O ponto central deste pensamento é o amor que sinto por mim mesma, um amor que nunca foi tão recíproco, altruísta e saudável.

O dia que eu for fotografada numa lanchonete porque os beijos que darei chamarão a atenção, quero que alguém escreva sobre mim como uma luz no fim do túnel de que é possível ter alguém ao lado pela liberdade de escolha. Escolha de ser alguém independente de outra pessoa.

Ouvindo: Marvin Gaye – Dream Of A Lifetime.

Fotos: Tiradas na Subway.