sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fergie Roqueira e o Slash de Sempre. Hot!

Quente! O novo clipe de Slash vai dar o que falar e sem sombra de dúvida vai para o topo das paradas. Fergie, roqueira, sensualíssima e sem nenhum pudor assume talvez o papel mais subversivo de sua carreira em videoclipes. Ótima fase a dela, a moça mostra que nem só o corpão está no lugar. A voz caiu muito bem no rock and roll. Tendência. Beautiful Dangerous está belíssimo. Atrevido, mas belíssimo. A fotografia, o som, o figurino e, principalmente as cenas da paixão impulsiva-obcecada dela por ele. Se deu certo porque Beautiful Dangerous foi desde o início pensada para ela ou porque ela já nutria uma ideia de persegui-lo – e que fique claro que a proposta do roteiro partiu dela -, se sabe apenas que a química está latente. Conta-se que o vídeo que o mundo está assistindo é uma versão censurada do hit. A versão original inebria um pouco mais pelas cenas quentes de Fergie com o lendário guitarrista, cenas que contam até com um topless.

Quem busca uma inspiração para dar uma pirada (saudável, por favor), Beautiful Dangerous é uma boa sugestão.

Ouvindo: Beautiful Dangerous – Fergie Feat Slash

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Vogue Paris Comemora 90 Anos.


Uma de minhas maiores curtições é ver revista. Não importa o assunto. Tem algo interessante para ler e belas fotos para ver? Quero! Revista é documento. Revista é o diário do mundo. Algo que alguém vai ter a sabedoria de arquivar e deixar para futuras gerações, como eu faço com a Billboard Brasil – amo! Terei o imenso prazer em sentar com o meu filhote – que ainda vou ter – e contar que Roberto Carlos, capa da primeira Billboard Brasil, foi (espero que ainda seja) um ícone, um ídolo de valor imensurável para a música popular brasileira.

Tenho dedicado os meus últimos dias de trabalho na busca de publicações importantes em todo o mundo. O que eu não imaginava é que algumas revistas existem no mundo todo. Parece óbvio, mas não é. Natural pensar numa versão estadunidense, outra francesa e uma espanhola, talvez, de uma mesma publicação. Mas a mesma revista em quase todo o mundo? Elle em Quebec. Elle na Finlândia. O mundo vendo não só a mesma coisa, como divulgando suas peculiaridades. Seria o sonho poder comprar a Elle do mês numa banca qualquer na Polônia, na Slovênia. No mínimo, curioso. A Cosmopolitan – que no Brasil conhecemos como Nova – está em 100 países! Sim, em todos eles a revista fala praticamente de relações amorosas e sexo quente. Neste mês, mulheres de 100 países farão a mesma posição no Kama Sutra. No mínimo, curioso.

A Vogue Paris – considerada a Bíblia da Moda – completa 90 anos. Lara Stone estampa a capa da edição que vem com 620 páginas. Mas a Vogue Paris não é a mais antiga e sim a edição britânica, fora a original. A Vogue existe há 118 anos. Uma simples publicação voltada para as madames estadunidenses virou o grande sucesso do mercado editorial mundial e hoje diz o que é ou não é. Quem, diante de uma Vogue, não se anima a ser mais bonita, mais sensual ou ter a vida dos sonhos? É isso que a Vogue representa. O que pode ser impossível para muitos no mundo real é possível no Universo Vogue.

Para o bem ou para o mal, Vogue representa o estímulo, a razão de ser mulher, para muitas mulheres. Lembramos o diálogo dos personagens de Anne Hathaway e Stanley Tucci no filme O Diabo Veste Prada, quando Stanley disse que muitos garotos do interior leem a revista debaixo do cobertor, com uma lanterna, sonhando. E no filme Sex And The City 2, quando as meninas são salvas por mulheres de burcas, descobrem que todas elas amam moda e tudo que saem nas revistas. A Vogue India, inclusive, é novíssima, nasceu em 1997.

Muitas lendas envolvem a Vogue. Paris, India ou não. A razão deste texto, contudo, é o admirável mundo pequeno e grande. Como tantos lugares, distintos lugares, com tanta cultura, tantos hábitos diferentes que tornam as pessoas diferentes, mantêm vivos a necessidade de beleza, tão vital. Costumo dizer que beleza é um direito de todos. E não me refiro a cosméticos e roupas meramente. O belo é direito de todos. A arte cura. E revistas, mesmo a contragosto de muitos, são obras de arte. Quem duvidar veja a Vogue Paris 90 Anos.

Ouvindo: Madonna - Everybody

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Desafio 30 Dias - Simone Sarmento - Parte 2


(continuando...)

Simone: No quarto dia, percebi que meu cérebro já não via as pequeninas ofensas que fazia a mim mesma. Eu sabotava a situação e dizia: Mas isso é ofender a mim? É claro que era! Meu marido mais uma vez me ajudou a ver. Quinto dia, ou era no sexto, já não lembro, tive uma experiência muito desagradável. Estava conversando no MSN com uma amiga e fiquei aflita com a situação dela. Tinha medo de falar e não saber me expressar. Pensei: e se ela não entender o ponto de vista que estou tentando colocar? No meio da conversa, a Maria, outra amiga (nome trocado) me chama também no MSN e me convida para acompanhá-la ao shopping. Eu disse: “estou conversando com uma amiga e é importante, e preciso colocar a roupa no varal." Pelo fato de estar conversando com mais de uma pessoa, demorei para perguntar se podia ir ao shopping mais tarde, pois naquele momento não dava. Ela desligou o MSN e eu não entendi nada. Liguei para a Maria, perguntando o que tinha acontecido. Ela ficou muito brava e disse que entendia que os outros amigos eram mais importantes do que ela. Em vez de conversar com ela, eu explodi! Fiquei muito nervosa, pois ela não entendia que naquele momento eu não podia. Falei um monte! Estava tão nervosa que não me lembro ou meu cérebro tratou de deletar as coisas que eu disse. É claro que ela desligou o telefone na minha cara. Depois do que aconteceu, entrei em pânico! E comecei a ver claramente o que eu tinha feito. Minha forma de falar a fez ver coisas que não existiam. Não precisava ter dito: minha amiga precisa de mim! Maria também precisava e é minha amiga. Enfim, estou até hoje tentando me acalmar. Tentei pedir desculpas, mas ela não quer falar comigo. Hoje estou mais calma, mas estou triste.

O desafio faz com que eu adquira consciência dos meus atos, mas é preciso vigilância total. O céebro começa a mudar o processo e colocar flores e cores para que eu não veja determinada situação. Estou caminhando e ainda me deparo com várias situações pequeninas de desprezo ao meu próprio ser, mas só o fato de ter consciência disso já gera movimento rumo à mudança. Olhar-se dentro dói tanto como uma navalha rasgando seu interior.

Obrigada, Meninas!

Simone.

Desafio 30 Dias - Simone Sarmento


Esses relatos têm me impressionado! O da Simone Sarmento dividirei em dois post, para não prejudicar a leitura. Vale a pena!

Simone: O primeiro dia do desafio foi maravilhoso. Sentia-me leve e aliviada por ter tomado a decisão de mudar o que mais me prejudicava. Estava feliz e tranquila por não precisar me ridicularizar e muito menos ter nojo de mim mesma. Mas foi apenas no primeiro dia. No segundo, logo pela manhã, tive meu primeiro surto. Senti meu corpo reagindo violentamente. Tudo começa com uma raiva. Sinto como se todos os órgãos reagissem a tal emoção. E como uma bomba explode. Como e por que acontece? Eu previa que o gás da cozinha ia acabar, mas o dinheiro para comprar outras coisas. Como o previsto, no dia seguinte, acordo para fazer o café do marido e adivinha o que aconteceu? O gás acabou. Senti-me culpada, irresponsável, o pior dos seres humanos, afinal meu amor ia para o trabalho sem café da manhã. O gás seria comprado à tarde, mas prejudicar meu marido é uma situação que eu não aceito. Chorei, sofri até que me lembrei do desafio. Meu marido ajuda a lembrar do desafio e esta ajudando até hoje. Reordenei as ideias e fui colocando novos pensamentos até me acalmar e compreender que isso faz mal tanto para mim quanto para os que estão ao meu redor. Afinal, surto até mesmo por um copo que quebrou na cozinha. Neste dia do incidente, fiquei um pouco tensa e muitas e muitas vezes precisei conversar comigo mesma como se conversa com uma criança.

No terceiro dia, sentia meu corpo necessitando de algo como que fosse uma droga. Fiquei inquieta, insegura, e os medos tomavam conta. Não conseguia olhar no espelho e sentia-me feia. Para ajudar em tal processo, resolvi ir ao curso a pé. Agora vou ao curso (contabilidade) a pé. Caminho 40 minutos para ir e 40 minutos para voltar. Isso ajuda a aliviar minhas tensões e vou pensando no caminho sobre quem sou. O efeito disso é que já consegui esboçar minha opinião em sala de aula. Mas detalhe, fiquei o dia seguinte questionando se a ideia realmente era certa. Gritei pra mim mesma! NÃO IMPORTA SE ESTÁ CERTO, DROGA! FAÇA APENAS. FAÇA! Como sempre eu converso comigo mesma, lembro do desafio e mudo os pensamentos no sentido contrário.

(continua...)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desafio 30 Dias - Cláudia Oliveira

Uma semana depois do desafio lançado, alguns depoimentos. Os posts serão separados pelas pessoas, acho que ficará mais fácil compreender. Como a ideia não é acompanhar o dia-a-dia, então, não precisa haver coerência entre as datas. O mais importante é a atitude delas de expor o que estão sentindo e suas vivências. Vamos lá!

Cláudia Oliveira, 19/10/10: Ufaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! Ah ah ah ah ah ah... O primeiro desabafo foi por ter chegado ao final do dia inteira, apesar do cansaço físico e mental, e o segundo é por estar apavorada pelo desafio que se apresentará para mim até dezembro. Vou explicar por partes. Lembram-se do encontro com a coordenadora? Pois bem o percurso percorrido até esse momento foi marcado por muitas emoções. Ao chegar à universidade, encontrei uma ex-aluna do curso de auxiliar que agora está no segundo período de Enfermagem. Ela e uma amiga estavam aflitas, pois tinham que apresentar uma palestra sobre Educação e o profissional que havia sido convidado, na véspera ligou avisando que não iria comparecer e na bucha elas me perguntaram se eu poderia socorrê-las. Não pensei e respondi que sim. Quando a ficha do que disse caiu, já era tarde. Agora tinha que enfrentar o Golias. Por sorte, o professor das meninas era um grande amigo, o mesmo que falou de mim para a coordenadora e isso me deixou mais confiante. O problema era concatenar as idéias para falar sobre Educação e se é possível melhorá-la. Meu amigo sugeriu que eu falasse sobre o tema do TCC que defendi na pós-graduação, que tem por título: A Morte e o Morrer - Uma proposta de Educação na Enfermagem. Foi fantástico!!! Fiz uma abordagem geral sobre a diferença entre educar e ensinar e partindo do conhecimento dos alunos, fomos construindo a palestra juntos. Foi tão bom, que voltarei na próxima terça para mais um encontro com eles. Depois disso me dirigi à coordenação para o meu tão esperado encontro. A coordenadora só estaria lá à tarde. Pensei, isso é um teste de persistência e paciência, mas tudo bem. Resolvi dar uma passada na antiga escola de Enfermagem que lecionei há uns anos antes de ir para São Paulo, pois soube que uma amiga é quem coordena. Chegando lá, depois de colocarmos as fofocas de anos em dia, vem a pergunta: Cláudia, você tem tempo livre para supervisionar estágios para nós? Mais uma vez sem pensar, respondi afirmativamente. Resumindo, estou com turmas até o mês de dezembro. Ao sair da escola, a adrenalina tomou conta do meu corpo e condicionamentos mentais negativos passaram a me atormentar. Pensamentos do tipo: você não dará conta, é muito tempo, vai ter que abrir mão da música, etc... Não foi fácil manter o foco e recordar de alunos que hoje são enfermeiros, de que já coordenei uma escola de enfermagem, mas no final, pelo menos naquele instante a vitória foi dos comandos positivos. Vocês devem estar se perguntando, e o encontro? Ele aconteceu logo em seguida. A coordenadora havia sido minha professora na graduação. Se ela de fato se lembrou de mim eu não posso garantir (também sei o que é ter muitos alunos para recordar), mas foi muito atenciosa. O resultado não foi positivo ainda. Digo ainda, porque o motivo por não ter ficado é que ainda não tenho mestrado (esse é um próximo Golias a enfrentar). Não fiquei triste. Agora é me preparar de todas as formas para dar mais esse passo. Para concluir, vou falar só um pouco da minha rotina. Acordo as 5h para preparar o café para meu filho mais velho, faço o que chamo de devocional, uma leitura que sirva de reflexão para o dia, e depois vou para a casa do meu namorado para fazer o café da manhã dos nossos caçulas e dele e sigo para o que estiver programado para o dia. O que mais me chamou atenção foi o título da reflexão: Nada Acontece por Acaso. Perceberam alguma semelhança com o meu dia?!! E sigamos com o desafio.

Cláudia de Oliveira, 20/10/10: Já ouviram falar sabotagem pessoal?! Pois é, vez por outra me pego fazendo isso. Pela manhã, o pânico e o fantasma do fracasso quanto ao estágio estava por um fio para me dominar. Graças Senhor por meu companheiro. Recebeu minha alma angustiada, ouviu minhas inseguranças e de forma amável e linda trabalhou meu moral, pontual meus pontes fortes e mais uma vez a nuvem passou. Não falei ainda, mas dou aula de inglês em uma escola filiada a uma ONG todas as quartas pela manhã. E agora, como ficaria o estágio matutino? Não poderei supervisioná-lo, pois nem tem como cogitar abandonar a ONG. Já tinha um motivo para desistir. Comandos positivos entrando em ação: como solução, é só aumentar mais um dia na data das turmas matutinas. Comandos negativos: você nem bem entrou e já quer fazer mudanças?! E vencem os positivos: O máximo que pode acontecer é você receber um não e ter que se reajustar na ONG. Final da manhã e tudo resolvido. Vou continuar na ONG e com os estágios terminando um dia depois para compensar as quartas. Conclusão que tiro: O bicho sempre é menos feio do que o pintamos e se você não dominar o medo ele dominará você. Hoje eu o dominei.

Cláudia Oliveira, 21/10/10: Yes, yes, yes... Foi essa a minha situação extasiante depois de sair do hospital com as alunas. Óbvio que não fiz isso na frente delas, pois achariam que eu sou louca e pediriam para trocar de professora, rsrs. Mas, brincadeira à parte, foi fantástico. Não tenho como negar, hospital é a extensão da minha casa, de mim mesma. Sinto-me totalmente à vontade e confesso que nem lembrei das neuras. Percebi algumas coisas das quais tenho que recordar, por não estar praticando sempre, mas nada que me enlouqueça. Posso dizer que estou em estado de graça. As meninas ainda estão meio assustadas com o ambiente, mas tenho certeza que com o tempo se tranquilizarão. Tudo é uma questão de prática, que só adquirirão com o caminhar de cada dia. Golias vencido por hoje e a sensação de dever cumprido que faz a alma flutuar. Por hoje é só e vou me dar o prazer de um bom banho morno, uma música tranquila (quem sabe uns mantras), uma comida leve e meu inceso de mirra.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mikhail Baryshnikov em São Paulo.


23h35. Estava muito feliz por estar dentro de um taxi. Sono, dores fortíssimas nos dois joelhos e uma sensação incrível de deleite espiritual, contrariando todos os desconfortos físicos. O motivo para tal satisfação interna foi ter passado 80 minutos diante de Mikhail Baryshnikov, 62, maior ícone vivo da dança. Queria que o mundo – ou apenas o meu mundo – pudesse entender a importância desse momento. Desconcentrando-me desse plano, corrompido por dores e males, tentei elevar-me a outro lugar, à mente, à imaginação, para viajar um pouco mais por tudo aquilo que vi.

A leveza, a música, a disposição de dois monstros da dança deslizando sobre um palco. Baryshnikov e Ana Laguna, 62 e 54 anos, respectivamente, arrasaram. Como pode? Eu, ali, sentia tanta dor que nem ao menos conseguia ficar sentada com conforto. Mais que o condicionamento físico deles, a perfeição dos movimentos, o bom humor de Baryshnikov e até o solo dramático de Ana Laguna, foram inenarráveis. Quem é capaz de descrever a paixão por uma carreira? Muito mais forte que a paixão por outro ser humano, certamente. Quem é capaz de dedicar-se tão profundamente a algo que até o tempo é capaz de parar ou, minimamente, andar mais devagar do que para os seres humanos normais, os desprovidos de fissura.

Em vários momentos prestei homenagens a Deus. Agradecimento. Pela consciência de minha mortalidade, pela inteligência de aproveitar bem os meus bens, pela sensibilidade de meus sentidos que me permitem sempre estar mais feliz do que suponho poder estar. Se alguém acha exagero emocionar-se tanto, sugiro experimentar movimentar-se sozinho, trancado no quarto, ao som de alguma canção preferida. Sem medo, sem olhares, sem julgamentos. Quando estamos na plateia, nos projetamos no artista no palco. Transferimos para ele nossa vontade de ser livre, de saber ouvir música, de saber amar de verdade um corpo.

Três Solos e Um Dueto foi um presente para o meu corpo. Para a minha alma, foi um aviso de Deus em forma de arte acalmando minhas preocupações a cerca do futuro. Do que me espera os anos por vir, as escolhas que ainda não fiz e a paixão que tenho medo que acabe.

Ouvindo: Stella Errans – Cirque Du Soleil.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Desafio 30 Dias.


30 dias para mudar sua vida! Um clichê? Vamos testar. Fernanda La Salye, 28 anos; Simone Sarmento, 33 anos; Claudia Oliveira, 42 anos e eu, Eliana de Castro, 28 anos, vamos nos colocar em ação, fazendo alguma coisa que há algum tempo estávamos planejando fazer mas que sempre adiávamos. A ideia original - e interessantíssima - foi publicada na edição de Outubro da Revista Marie Claire Brasil. Quatro editoras se desafiaram e após um mês publicaram suas sensações, dificuldades, bons e maus resultados. Quando li a reportagem, já pensando em alguns hábitos que queria adotar, pensei: “por que não?”.

Melhor do que percorrer o “caminho das pedras” sozinha é poder levar amigas queridas junto. Sendo assim, convidei as moças que apresentei acima. Cada uma vencerá algo que precisa/quer e que sozinha, digamos, seria bem mais difícil. Ter o compromisso uma com a outra nos impedirá de vacilar, porque teremos também que relatar como está sendo o processo. O objetivo é trabalhar em grupo as dificuldades, comemorar as conquistas e, quem sabe, inspirar mais pessoas a fazerem o mesmo. Usar o tempo – calendário – a nosso favor.

Simone Sarmento: Começo agora! Não permitirei nenhum pensamento de desprezo em relação ao meu ser. Tenho a mania de criticar-me o tempo todo, não comemoro minhas conquistas e abomino minhas derrotas. A cada erro, seja ele o menor, me condeno e com um "chicote" me destruo por completo. A partir de hoje, me aceito como sou. Cantarei louvores para as conquistas, sejam elas pequenas ou grandes, e agradecerei todos os dias por eu ser quem sou. Não me comparo com mais ninguém. Assim Será! : D

Claudia Oliveira: Quando recebi a proposta do desafio, pensei que seria impossível fazê-lo. A sensação de que devo sempre servir, em detrimento à minha vontade ou desejos, é muito forte; tanto que por vezes chega a ser intransponível. E como poderia eu aceitar a idéia de que faria por 30 dias algo em que eu estaria em primeiro lugar, algo para mim. Euzinha? Depois de uma longa luta interna e um analisar do que faria para mim e por mim, me deparei com inúmeras coisas, e não uma específica, que nunca faço pela simples existência de um comando mental que me diz que não tenho o direito de ter, ser ou fazer algo por mim. Muito complexo, não? Ilógico talvez, mas muito real e angustiante. Então, tomando consciência plena da existência desse comando, me desafio a cada dia realizar coisas, que mesmo parecendo absurdas ao olhar dos outros, me trarão alegria e a sensação de estar vencendo um Golias a cada dia. E para começo, consegui entregar um currículo em uma faculdade que há muito gostaria de ensinar. E já posso dizer que o universo está conspirando a meu favor, pois amanhã já tenho o convite para um bate papo informal com a coordenadora do Curso de Enfermagem da faculdade em que me formei (e não é a que deixei o meu currículo). Está dada a partida.

Fernanda La Salye: Chegou o momento de aprender a diferenciar necessidade de desejo. Não que eu não possa gastar o meu dinheiro com o que eu quiser. É justamente porque posso fazer o que quiser com ele que quero usar da melhor forma. Isso com certeza será mais fácil que aprender a ouvir mais e falar menos. Ainda assim, eu vou tentar. 30 dias sem usar o cartão de crédito e aprender a ouvir mais e falar menos.

Eliana de Castro: Escolhi correr todos os dias 5k. Mais que mudar o meu corpo, meu objetivo é disciplinar minha mente. Focar meu pensamento no alvo e partir para a ação. Embora eu já tenha real propensão a não desistir do que quero, com este desafio pretendo habituar-me a dedicar um tempinho diário a alguma coisa que almejo. Hoje, é a corrida e o corpo ideal, mas amanhã será qualquer outro objetivo que exija mais tempo de dedicação. Game over para o imediatismo!

Faça você o mesmo. Se quiser entrar no Desafio 30 Dias é só me mandar um e-mail que relato também sua experiência: elianadecastro.press@gmail.com

Ouvindo: Papers - Usher

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bon Jovi em São Paulo.


Cliquei em You Give Love A Bad Name no meu Ipod e fechei os olhos. Lembranças ainda bem vivas da última noite de quarta. Poucos acontecimentos me impressionaram tanto como o show do Bon Jovi. Na mesma vibração, 68 mil pessoas. Como descrever o que não tem descrição? Apenas uma tentativa.

Se a crítica, o público e até alguns fãs pensaram que a banda tinha parado no tempo – diferente da contemporânea U2 – a surpresa: Bon Jovi se garantiu. Mais do que proporcionar uma viagem ao passado, a banda tornou nossas vidas, nossas histórias atemporais. Uma impressão que sei que os 68 mil validam. Com música atual ou não, muita tecnologia e um vocalista que ainda provoca muitos suspiros nas mulheres e profundo respeito dos homens – sim, eu vi! – Bon Jovi assinou uma página importante dos mega eventos do país.

Não sei como foi o último show há 15 anos, pois eu tinha apenas 13, mas desde aquela época a banda fazia parte de minha vida. Lembro que Cross Road era um dos meus vinis preferidos. Hoje, exatamente hoje, o Ipod me presenteou com as mesmas sensações. Baixei Cross Road. Não só as baladas românticas, hits de minha adolescência; também as entusiasmantes You Give Love A Bad Name, Runaway, In These Arms, entre tantas outras, fizeram parte de minha história. Às 21h20, de 6 de Outubro de 2010, o chão subiu um pouco e tornou-se uma superfície etérea. Foram 2h50 suspensa no tempo e no espaço.

Infalível, o setlist trouxe as músicas de todos nós. Intercaladas inteligentemente, os hits agradaram a todos. Mesmo as mais recentes, pouco conhecidas dos saudosistas, envolveram. O show foi muito parecido com o apresentado em Buenos Aires, inclusive em duração, mas não sei se lá Bon Jovi encontrou uma plateia tão entregue. O ponto alto do show – e quanto a isso também acredito ter o apoio dos 68 mil – foi o início de Livin’on a Prayer. Só a multidão e o Jon, a capela. Arrepiou. Não sei se foi de onde assisti ou se realmente a sintonia era única entre todos, mas esses minutos foram impressionantes. Foi um dos momentos que vimos o sorriso sincero do Jon. O galã sabe a hora de tudo: de mexer o cabelo, de fechar os olhos ao cantar, de sorrir. Mas nós, o público de São Paulo, pudemos ver também o seu sorriso autentico. Merecemos.

O telão absurdo foi uma atração a parte. Nenhuma canção passou descaracterizada, o que deu dinamismo ao show. Muito mais do que ouvir boas músicas, vimos ótimos vídeos, criativos, interativos e muito modernos.
Bad Medicine foi outro estouro. O público inquieto e vibrante teve uma surpresa: a interpretação de Pretty Woman, sucesso na voz de Johnny Rivers. Quando se pensou que seria apenas isso, Bad Medicine voltou com entusiasmo.

O bis foi outro show. A segunda, Someday I'll Be Saturday Night acabou com o fio de voz que me restava. Uma inesquecível canção de minha adolescência. Não podia ser melhor. Sim! Podia! O show acabou, mas o público não se deu por satisfeito e não parou de gritar. Eles olharam para nós por alguns segundos, que pareceram minutos, e voltaram para a última: Bed of Roses.

Quase três horas depois, quem agüentaria mais? Certamente, os 68 mil.

Ouvindo: These Days – Bon Jovi.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Commitment - Seal


Já ouvi alguns amigos dizerem que disco x ou y mudaram suas vidas. É claro que algumas músicas marcam – e todos nós temos pelo menos dez – mas um álbum que mude a vida? Parece exagero. Contudo, conscientemente, nunca me senti tão influenciada por um disco como com Commitment, do Seal. Talvez seja cedo para dizer, mas o que tenho sentido há uma semana tem me impressionado. Mudança de sentimentos, vivências, planos e, principalmente, do entusiasmo que tenho dedicado a tudo o que desejo.

Havia escrito sobre o clipe do single Secrets e o quanto aquelas cenas me emocionaram, mas sobre o álbum especificamente, não. O disco – reflexo de sua felicidade ao lado de Heidi Klum, como ambos têm declarado – é diferente de todos os outros, distante do pop eletrônico muito bem misturado que o consagrou, mas ainda assim muito Seal, ou seja, envolvente e sensual. O cantor declarou em entrevistas que as letras retratam o que eles têm vivido nos últimos sete anos, na redoma de paz construída com muita cumplicidade e paixão – o que as revistas e sites de gossips não deixam mentir.

Commitment abre com I’m Any Closer, para mim a mais sexy do disco. Se rolar uma turnê, é a música que deve abrir o show e que fará a platéia delirar. A melancólica You Get Me faz parar no tempo e enquanto a música rolar você não conseguirá pensar em muita coisa. Secrets – a preferida – encanta pela simplicidade da letra e pela combinação de piano e cordas. O disco vale do começo ao fim. A única que não me agrada muito é Big Time, mas isso é um detalhe diante de toda a obra.

Commitment tem sido o meio de transporte para mais um mergulho da pele para dentro. Necessidade urgente de silêncio, de um canto para ficar e só ficar. Sem pretensões.

Ouvindo: All For Love - Seal

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Comer, Rezar e Amar - O Filme.

Comi, rezei e amei em duas horas. A versão cinematográfica do livro de Elizabeht Gilbert é tão encantadora quanto o romance. Impossível não se entregar ao enredo – e que bom saber que tudo aquilo foi verdade; esperança para todos que vez ou outra são obrigados pela vida/destino/Deus a traçar novas rotas. Enquanto a belíssima Julia Roberts representava com sensibilidade o drama de Gilbert, eu revivi minha própria história quando, há dois anos, o livro caiu em minhas mãos.

Julia declarou numa entrevista que foi difícil para ela fazer o filme, pela profundidade do texto. As cenas gravadas em ordem cronológica – sacada genial dos diretores – permitiu a ela sentir na pele as emoções vividas pela autora. Mérito não só de Roberts, obviamente, pois o número de mulheres que choravam ao meu redor me impressionou. Todas ali, de alguma forma, compraram o ingresso da primeira sessão não sem motivo. Mais que curiosidade quanto a um tão aguardado filme em dia de estreia, o que se buscava ali era o retrato de algum momento divisor de águas – do passado ou do presente.

Dois anos depois de eu ter virado a última página de Comer, Rezar e Amar sinto-me como Gilbert – ou Julia – no final da história. Largar o conforto para descobrir-se é sempre a melhor escolha quando tudo ao redor parece não lhe pertencer.

Os olhares de Julia Roberts no início da trama foram os meus olhares e o que imaginei ter sido vivido por Gilbert. Casamento, filhos, uma vida que não satisfaz pelo simples fato de satisfazer a maior parte das mulheres. E mais triste que a sensação de abandonar algo que se desejou tanto – e que lutou-se para ter – é continuar dormindo ao lado da solidão, do abandono de si mesmo.

O filme é uma graça. Faz refletir e faz desejar algo mais. Um amor maior, melhor, Deus, paisagens diferentes, novos amigos, mil coisas. Mas o mais importante é a sensação que fica, que por mais que desejemos algo ou alguém, não há ganho em gastar nossa energia em outra coisa que não o autoconhecimento.

Ouvindo: I Know What You Did - Seal