sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bon Jovi em São Paulo.


Cliquei em You Give Love A Bad Name no meu Ipod e fechei os olhos. Lembranças ainda bem vivas da última noite de quarta. Poucos acontecimentos me impressionaram tanto como o show do Bon Jovi. Na mesma vibração, 68 mil pessoas. Como descrever o que não tem descrição? Apenas uma tentativa.

Se a crítica, o público e até alguns fãs pensaram que a banda tinha parado no tempo – diferente da contemporânea U2 – a surpresa: Bon Jovi se garantiu. Mais do que proporcionar uma viagem ao passado, a banda tornou nossas vidas, nossas histórias atemporais. Uma impressão que sei que os 68 mil validam. Com música atual ou não, muita tecnologia e um vocalista que ainda provoca muitos suspiros nas mulheres e profundo respeito dos homens – sim, eu vi! – Bon Jovi assinou uma página importante dos mega eventos do país.

Não sei como foi o último show há 15 anos, pois eu tinha apenas 13, mas desde aquela época a banda fazia parte de minha vida. Lembro que Cross Road era um dos meus vinis preferidos. Hoje, exatamente hoje, o Ipod me presenteou com as mesmas sensações. Baixei Cross Road. Não só as baladas românticas, hits de minha adolescência; também as entusiasmantes You Give Love A Bad Name, Runaway, In These Arms, entre tantas outras, fizeram parte de minha história. Às 21h20, de 6 de Outubro de 2010, o chão subiu um pouco e tornou-se uma superfície etérea. Foram 2h50 suspensa no tempo e no espaço.

Infalível, o setlist trouxe as músicas de todos nós. Intercaladas inteligentemente, os hits agradaram a todos. Mesmo as mais recentes, pouco conhecidas dos saudosistas, envolveram. O show foi muito parecido com o apresentado em Buenos Aires, inclusive em duração, mas não sei se lá Bon Jovi encontrou uma plateia tão entregue. O ponto alto do show – e quanto a isso também acredito ter o apoio dos 68 mil – foi o início de Livin’on a Prayer. Só a multidão e o Jon, a capela. Arrepiou. Não sei se foi de onde assisti ou se realmente a sintonia era única entre todos, mas esses minutos foram impressionantes. Foi um dos momentos que vimos o sorriso sincero do Jon. O galã sabe a hora de tudo: de mexer o cabelo, de fechar os olhos ao cantar, de sorrir. Mas nós, o público de São Paulo, pudemos ver também o seu sorriso autentico. Merecemos.

O telão absurdo foi uma atração a parte. Nenhuma canção passou descaracterizada, o que deu dinamismo ao show. Muito mais do que ouvir boas músicas, vimos ótimos vídeos, criativos, interativos e muito modernos.
Bad Medicine foi outro estouro. O público inquieto e vibrante teve uma surpresa: a interpretação de Pretty Woman, sucesso na voz de Johnny Rivers. Quando se pensou que seria apenas isso, Bad Medicine voltou com entusiasmo.

O bis foi outro show. A segunda, Someday I'll Be Saturday Night acabou com o fio de voz que me restava. Uma inesquecível canção de minha adolescência. Não podia ser melhor. Sim! Podia! O show acabou, mas o público não se deu por satisfeito e não parou de gritar. Eles olharam para nós por alguns segundos, que pareceram minutos, e voltaram para a última: Bed of Roses.

Quase três horas depois, quem agüentaria mais? Certamente, os 68 mil.

Ouvindo: These Days – Bon Jovi.

3 comentários:

Phalador disse...

Queria muito ter ido! Ver os jornais de Quinta causou um arrependimento danado. Mas guardei $$ pro Paul.

dois grandes shows em menos de um Mês não dá!!!

Anônimo disse...

Senti como se nada mais importasse naquela noite! Eu estava lá e foi incrível, levei a camera e tentei filmar e tirar muitas fotos para registar esse momento, mas não precisou!Ficou marcado e quando eu fechar os olhos como nossa amiga aí de cima, vou "flutuar"

Eliana de Castro disse...

Valeu, Phalador e Anônimo pelo comentário.
: )