sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012! Músicas Novas e Músicas Velhas na Mesma Medida.

Estou fazendo a segunda lista deste final de ano, preparando o terreno para 2012 que está chegando. Esta é a famosa lista de promessas que todo mundo faz – diferente da que fiz esses dias e publiquei logo abaixo. A música para estimular? Óbvio, óbvio, óbvio, Aerosmith! O disco Young Lust: the Aerosmith Anthology (Universal, 2002) tem sido meu companheiro de reflexões desde antes do Natal. Méritos de Cesar Suga que sempre me ajuda a achar o disco desejo do momento. Meu grande amigo que, óbvio, vai comigo para 2012 na classe VIP.

Por que um disco tão antigo? Este ano consegui realizar umas das minhas grandes vontades musicais desde minha infância, quando o meu irmão, Emerson de Castro, adolescente nos anos 1990, ouvia muito rock. Steven Tyler! Ooooh. Steven Tyler. Sempre desejei entender essa pessoa, ou minimamente conhecê-lo. E quando menos imagino, eis que surge uma autobiografia assustadoramente interessante – pelo menos para mim que o desejo desde que me conheço por gente. E quando menos imagino mais ainda, minha querida amiga Juliana Alves me presenteia com este livro. Ok! Sou tão privilegiada quanto Steven Tyler no quesito ser feliz.

Deixei passar as duas grandes chances de ver o Aerosmith tocando e este ano foi quase imperdoável, mas, ok. Acredito que tenho que me concentrar no futuro e colocar este item na minha lista de promessas. Quem sabe não acontece o que aconteceu – ou teria acontecido – em 2009 quando veria Michael Jackson novamente nos palcos em Londres. Futuro!

Publilquei no finalzinho de 2010 a lista de promessas para 2011. E, olhando agora o post, sinto-me feliz por ter conseguido ser fiel às minhas promessas – ou pelo menos ter tentado. Ouvi muitas músicas! Li muitos livros, não o tanto que prometi, mas um número razoável: 25 livros! Pratiquei meu Yôga. Corri. E, a grande novidade foi a aquisição da minha bike. Então, corri e pedalei! O item que acho que fiquei mais devendo foi o da moda. Quis ter sido mais estilosinha esse ano. Estudei muito, superei alguns limites que nunca pensei que conseguiria, provei minha fé em Deus em momentos difíceis, amei muito, muito, muito, fortaleci alguns laços afetivos e afrouxei outros que estavam me sufocando. Perdi amigos, ganhei outros, renovei votos com outros tantos. Em resumo: 2011 foi um ano difícil, mas também o que mais me fez crescer. Coincidência ser meu último ano na casa dos 20? Não acredito. Essa virada tem dois saborosos gostinhos para mim: final de um ciclo menor, de um ano, e de um ciclo maior, de uma década.

“Angel”, “Love In An Elevator”, “Love Me Two Times”, “Livin´ On The Edge”, “Amazing”, “Cryin”, “Crazy”, “Dream On” – claro, e essa música me fez fazer o primeiro “check” da minha listinha, mas não vou contar o que é – “Hole In My Soul” e “Sweet Emotion” em altíssimo volume estão me fazendo sentir a mais livre do mundo. Ah, estava me esquecendo de “Blind Man”. É... O disco perfeito para inspirar.

Não vou publicar a lista inteira porque muitos itens são bem particulares, mas alguma coisa posso contar. Aí vai:

Falar inglês fluente
Passar menos tempo no Facebook
Aprender a nadar (É, não sei nadar!)
Comprar uma máquina fotográfica
Usar mais batom
Assistir a um clássico de futebol no estádio
Ler 40 livros
Ir para Budapeste
Reaproximar-me de amigos antigos
Meditar
Passar mais tempo com meu papai
Ir mais à Igreja
Fazer um curso de vinhos

Quero terminar este post com dois trechos da autobiografia do Steven Tyler. Este homem que adoro tem o que ensinar sobre a arte de ser autêntico. Pode parecer um modelo um tanto bizarro, mas, acredite, para mim ele é um grande modelo. Liberdade de ser.

“A vida é curta. Quebre as regras, perdoe rápido, beije lentamente, ame verdadeiramente, ria descontroladamente e nunca se arrependa de nada que o fizer sorrir”

“Aprendi que, se eu for atirar uma flecha de verdade, primeiro devo mergulhar sua ponta no mel. Aprendi a mais antiga lição sobre a culpa – assuma-a. Isso vai apagar muitos incêndios pelos quais você possa passar na vida.”

Muita música em 2012! E... “Dream on”.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Glee Warblers. Código de Ética. Feliz 2012!

Uma das coisas mais legais que fiz neste final de ano foi voltar a escrever um diário. A ideia veio de uma conversa com as lindas Paula Mariano e Beatriz Grantham. Comprei um caderno e tenho escrito todos os dias como eu fazia há... Hum... 20 anos? Às vésperas do meu aniversário de 30 anos – bem vividos, que fique muito claro – voltei a algumas práticas adoráveis.

Coloquei para tocar um dos discos mais fofos de 2011 – Glee Warblers (Sony, 2011). De verdade. Cada canção é de emocionar! Talvez, porque me lembra os grupos a capela que eu ouvia quando adolescente. Enfim, Glee Warblers é a trilha sonora para uma listinha importante que vou colar na capa do meu diário. Vou chamá-la de Código de Ética.

Sou praticante de SwáSthya Yôga há dois anos. Não há palavras para explicar as mudanças que o Yôga fez em minha vida. Mas não quero falar sobre isso agora. Só estou comentando porque meu Código de Ética é baseado – e em muitos itens literalmente copiado – do Código de Ética do Yôga escrito pelo Professor DeRose.

Glee Warblers começa com “Teenage Dream”. E que delícia é lembrar do jeitinho do Blaine cantando esta música. Uma das grandes novidades da 2ª Temporada de Glee sem sombra de dúvida foi a entrada do Blaine com seu grupo Warblers. “Hey Soul Sister” é outra delícia. O disco todo, sério. Acredito que neste caso não dá para citar cada canção porque eu só conseguiria falar “maravilhosa”, “incrível”, “emocionante”. O álbum Glee Warblers é mais uma prova da sensibilidade desta série.

Por que estou escrevendo um Código de Ética? Bom, me fiz essa pergunta também. Mais do que ter um norte para ser uma pessoa cada vez melhor é tentar fazer alguma coisa pelo entorno. Não sou dessas que ficam esperando sentadas e muito menos colocando a culpa em outras pessoas.

Infelizmente – ou felizmente – 2011 foi um ano muito difícil para mim em termos de relacionamentos. Rompimentos sérios aconteceram e rompimentos improváveis. Hoje, depois de uma séria faxina emocional, acredito que certas coisas aconteceram para eu amadurecer meus conceitos e, pela primeira vez na vida, aprender a romper. Sempre tive essa dificuldade. Apesar de ser considerada tão “de personalidade forte”, sempre, sempre, sempre preferi resolver e consertar a abandonar ou romper. A verdade é que, algumas coisas em sua vida nunca vão andar de verdade enquanto conceitos ou práticas forem contraditórios. É importante olhar com honestidade para suas próprias escolhas e admitir que nem tudo o que você fez ou quis foi inteligente. E isso não é vergonhoso. E que fique muito claro: seja o que for que você queira deixar para trás – ou quem quer que seja – não deixe com sentimentos ingratos. Por pior que tenha sido qualquer coisa, alguma satisfação te causou ou nunca teria permitido tal vivência. Negar qualquer felicidade que algo ou alguém tenha causado é falta de gratidão sim. Pelo menos, eu acho que é.

Em 2012 quero isso para mim e desejo fazer o mínimo de diferença na vida de quem eu passar.


Será inadmissível não conseguir superar uma emoção a fim de evitar um desentendimento com alguém.
Emoções pesadas sujam mais o organismo que fumar, beber e comer carnes.
Não agredir gratuitamente outro ser humano.
Não compactuar com outras pessoas que agridem gratuitamente.
Não ser conivente com acusações e difamações.
Defender energicamente os meus direitos.
Falar sempre a verdade.
Praticar o desapego de objetos materiais.
Praticar o desapego de pessoas – sem confundir com descuido.
O ciúme e a inveja são manifestações censuráveis do desejo de posse de pessoas, objetos ou realizações pertencentes a outras pessoas.
Consumir alimentos saudáveis e limpos.
Estar limpa interiormente compreende não alimentar minha mente com imagens, ideias, emoções ou pensamentos intoxicantes como: tristeza, inveja, impaciência, irritabilidade, ódio, ciúme, cobiça, derrotismo e outros sentimentos inferiores.
Ser tolerante com pessoas que não compreendem a limpeza de forma tão abrangente.
Extrair contentamento de todas as situações.
Auto-superar-se sempre!
Buscar o autoconhecimento mediante a observação de mim mesma.
Estar sempre interiormente segura e confiante de que a vida segue o seu curso, obedecendo às leis naturais, e que todo o esforço para a auto-superação deve ser conquistado sem ansiedade.

O Glee Warblers traz canções interpretadas pela “The Dalton Academy Warblers”. Os Warblers venderam 1,3 milhão de faixas acrescentando ao Glee o total de 26 milhões de singles e 10 milhões de álbuns vendidos no mundo. Glee é um sucesso porque além de interpretaçõs lindas fala de humanidades. Defeitos e qualidades de todos nós. Que o seu Código de Ética caiba perfeitamente em seus esforços e que tenha o único e exclusivo motivo de te fazer mais feliz. Que 2012 seja um ano diferente em sua vida, porque você será uma pessoa melhor.

Que em 2012 você ouça ainda mais músicas inspiradoras porque elas nos ajudam a ser melhores. Se é um lugar ao sol que todos nós desejamos, sendo plenamente aceitos por quem somos, que o primeiro passo seja uma reflexão sincera do que temos a oferecer.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Seja Diferente. Lioness: Hidden Treasures. Amy e Steve Jobs.

Seja diferente. Esse foi um dos lemas de Steve Jobs.

Mergulhada na biografia do empresário mais emblemático de nossa era, coloco o disco que eu estava ansiosíssima para ouvir “Lioness: Hidden Treasures” (Universal, 2011). Dois seres diferentes. Duas pessoas que deixaram suas marcas na história. Amy Winehouse e Steve Jobs. Qual a ligação entre os dois? Nenhuma. Apenas fazem parte deste meu momento. Um momento em que tento definir o que é ser diferente.

“Lioness: Hidden Treasures” talvez não agrade logo de cara. O disco deixa a sensação de ser apenas uma maneira dos vivos ganharem dinheiro em cima de um talento já enterrado. Mas delete as versões das músicas já lançadas (ou não) e concentre-se nas inéditas. É singular. É lindo. É Amy Winehouse sendo ela mesma: diferente.

De volta à biografia, um trecho me faz parar e ficar olhando para o nada por minutos. Mergulho no mais profundo do meu ser e me pergunto: sou eu assim? Porque tenho resistido provocar? Ou provoco quando prefiro o silêncio às discussões tolas? Recuar é sempre dar um passo para atrás ou é apenas mais uma maneira de esperar o momento certo para conquistar? Somos diferentes quando decidimos não “destruir” o que está à nossa frente nos impedindo de seguir preferindo mudar a rota?

Entregue-se às canções “Between The Cheats”, “Like Smoke”, “Half Time”, “Song For You” e, principalmente à “Will You Still Love me Tomorrow” – disparado a minha preferida.

Eis o texto que me fez parar. Foi de um dos comerciais da Apple. Algumas frases foram escritas pelo próprio Jobs. Uma crença sua mais do que arraigada. Jobs viveu cada dia de sua vida odiando a mediocridade. Causou e foi injusto em nome dessa obsessão. Já Amy vivia entre a genialidade e a loucura – quando as duas não se misturavam - muitas vezes preferindo a loucura porque este mundo nunca conseguiu preenchê-la. Diferente de Steve Jobs, Amy Winehouse internalizou sua necessidade de fazer alguma coisa.

“Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os encrenqueiros. Os pinos redondos em buracos quadrados. Os que enxergam coisas de um jeito diferente. Eles não gostam muito de regras. Eles não respeitam o status quo. Pode-se citá-los, discordar deles, exaltá-los ou difamá-los. A única coisa que não se pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os julgam loucos, nós os julgamos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo... são as que mudam.”

A menor definição para mim do que é ser diferente é: não ter medo de não encontrar um igual.

A maior parte das pessoas não arrisca por medo da solidão, da não aprovação. Ser diferente é ser Jobs e ser Amy. Ter às vezes o mundo te aplaudindo e às vezes te vaiando. Causa admiração? Causa. Mas poucos decidem estar ao lado, apoiar, defender, validar.

Desde que nossa passagem na terra renda uma biografia de quase 600 páginas ou canções memoráveis, acho que vale a pena. Ser diferente.

Seja diferente.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Hoje – Uma Reflexão. O Que Você Quer Saber de Verdade?


Coloquei o novo disco da Marisa Monte “O Que Você Quer Saber de Verdade” (EMI, 2011) para tocar e assim que ele acabou decidi que devia voltar a escrever. Depois de meses recolhida, revendo e descobrindo sentidos, tais canções me estimularam a colocar no papel o que valeu, o que não valeu a pena em 2011 e verdades que quero levar para 2012.

Muitas pessoas devem estar felizes por terem conquistado em 2011 um novo amor. Outras - e neste grupo estou - estão muito felizes porque descobriram que mais legal do que estar apaixonada por alguém é estar apaixonada por si mesmo. Pode parecer meio piegas, mas quanto do que falamos ou cantamos sobre o amor não é piegas? Acontece que é verdade. Descobri que é preciso muito mais coragem para se apaixonar por si mesmo do que por outra pessoa. Que exige muito, mas muito mais esforço para se dar presentes do que para se sacrificar por outra pessoa. Há ainda entre nós aquele hábito de que sofrer por alguém é algo nobre, algo que deve ser arrastado como um peso e dividido com o maior número possível de pessoas.

Este ano coloquei todos os meus grandes amores em uma caixa bem enfeitada na sala de arquivo de minha memória. E me convém sempre dar uma olhadinha nela para refrescar meus novos conceitos de que os velhos não precisam mais de espaço, mas que bom que eles existiram. Os amores são como as boas canções, sempre voltaremos a ouvi-las, mas elas nunca conseguirão fazer parte de outra época que não a que nos causaram as primeiras emoções. E faz bem ouvir essas canções quantas vezes sentir vontade. Como pensar em alguém do passado pode fazer bem quando lembramos como um momento nosso, merecido – e tomara que, bem vivido.

Fui comigo mesma a todos os shows que quis, vi comigo todos os filmes pelos quais me interessei; jantei, li, ouvi, chorei, sorri, encontrei e me despedi, e eu não saí do meu lado.

Hoje, acredito que o segredo do amor é a capacidade de fazer sozinho o que se deseja fazer com alguém.

Poder ouvir um disco tão romântico sem sentir uma dor, uma expectativa, é uma delícia. Hoje, acredito que se o amor não faz mais sorrir do que chorar, ele não vale a pena. Hoje, não troco inesquecíveis cinco minutos ao lado de alguém por dias, meses ou anos medíocres. E que Deus me ajude a não querer mais de alguém do que essa pessoa é capaz de me dar.

Marisa Monte traz em “O Que Você Quer Saber de Verdade” a leveza do amor, cheia de melodias graciosas e letras verdadeiras. Pode ser que o disco não agrade quem não tiver tirado tantas conclusões sobre o amor este ano ou a vida inteira. Não que tudo faça total sentido para mim. Só vejo hoje o amor como uma bela canção que pode durar no tempo dos homens apenas alguns minutos, mas que dentro, bem dentro do coração duram mais, horas, dias, meses, até se transformarem em algo que transcende uma pessoa.

A letra de “Amar Alguém” é a prova disso: “Amar alguém só pode fazer bem/ Não há como fazer mal a ninguém/ Mesmo quando existe um outro alguém/ Mesmo quando isso não convém/ Amar alguém e outro alguém também/ É coisa que acontece sem razão/ Embora soma, causa e divisão/ Amar alguém só pode fazer bem/ Amar alguém não tem explicação/ Não há como conter o furacão/ Amores vão embora/ Amores vêm/ Não se decide amar e nem a quem/ Amar alguém só pode fazer bem/ Seja só uma pessoa ou um harém/ Se não existe algoz e nem refém/ Amar alguém e outro alguém também/ Amar alguém só pode fazer bem”

Produzindo pela própria Marisa Monte, o disco tem co-produção de Dadi e foi gravado entre dezembro de 2010 e maio 2011. Traz parceria com Arnaldo Antunes, Lucio Maia, Pupillo e Dengue (Nação Zumbi). Com mais de sete milhões de discos vendidos e três Grammy Latino, Marisa Monte está em seu oitavo disco. Fecha o ano com leveza, trazendo a esperança de que amores melhores e maiores virão.

Vale comprar e se entregar. Quem sabe até colocar para tocar enquanto se faz a tradicional lista de promessas de ano novo.