sábado, 2 de agosto de 2008

Diálogos.


Passei na Subway para fazer um lanche, depois que saí da entrevista com o Caio Queiroz, idealizador da Reclicagem, empresa que trabalha com gestão e marketing ambiental. Enquanto as idéias fervilhavam em minha mente, tentando encontrar um ponto máximo do bate-papo para conduzir o texto, descansei meus pensamentos num casal sentado logo à minha frente.

Eles não paravam de se beijar. Que paixão! Eles não conversavam. É! Não os vi conversando durante o tempo que fiquei por ali, mais ou menos uns 30 minutos. Talvez eu goste de conversar mais que a maioria dos casais, sim. E eles me fizeram lembrar de alguns romancezinhos terríveis que já vivi. Meninos que nunca puxaram qualquer assunto comigo e só beijaram. Um horror!

O ano de 2008 tem sido para mim o ano da “não paixão”. Ainda não vivi uma grande história e acho que vou acabá-lo sem viver. Não escrevo com descrença não. Apenas tenho notado mais meus sentimentos e visto o quanto meus critérios para ter alguém ao lado mudaram. Ainda não sei se são exigências altas demais para um homem, mas sei que têm me feito bem.

Estou queimando sutiãs e proclamando a liberdade das mulheres poderem ficar sozinhas sem auto-recriminação. No mais moderno dos mundos que já se pôde viver, mulheres ainda permitem abusos contra seus sentimentos e expectativas para simplesmente não serem vistas sozinhas.

O ponto central deste pensamento não é o casal, porque a realidade deles pertence somente a eles e não tenho por predileção julgar pelas aparências. O ponto central deste pensamento é o amor que sinto por mim mesma, um amor que nunca foi tão recíproco, altruísta e saudável.

O dia que eu for fotografada numa lanchonete porque os beijos que darei chamarão a atenção, quero que alguém escreva sobre mim como uma luz no fim do túnel de que é possível ter alguém ao lado pela liberdade de escolha. Escolha de ser alguém independente de outra pessoa.

Ouvindo: Marvin Gaye – Dream Of A Lifetime.

Fotos: Tiradas na Subway.