sábado, 16 de abril de 2011

Hôtel Costes. Volume 1. Virada Cultural em São Paulo. Contramão.


A Virada Cultural 2011 acaba de começar e um bolo de pamonha está no forno. Não, não gosto deste evento e meu programa hoje será um filme na cama, leitura de minha edição do mês da Revista Rolling Stone e a autobiografia da Hillary Clinton que estou amando, mas nunca termino por falta de tempo.

Por que não gosto da Virada Cultural gostando tanto de música? 1, pelo número de pessoas na rua; 2, pela bagunça na cidade e, 3, principalmente – pelo menos nas edições que fui, no começo – porque muitas pessoas vão mais pela oportunidade de fazer bagunça, brigar e beber descontroladamente do que propriamente saborear o menu cultural. E em semana que curti U2 e Roxette, prefiro passar algumas horas ouvindo um som mais tranquilo. E este som é Hôtel Costes.

Enquanto o bolo assa, ouço Hôtel Costes, Volume 1 (Foto). A coletânea do descoladíssimo hotel parisiense, mixado pelo DJ Stéphane Pompougnac (Foto), já possui 14 volumes e reúne músicas belíssimas em estilo lounge. O projeto começou em 1999 e além de um som elegante as capas arrasam. Pompougnac passou pelo Rio de Janeiro no ano passado e agitou a pista do Londra, bar do Hotel Fasano. A hit brasileiro que entrou no setlist do DJ foi “Boa Sorte”, de Vanessa da Mata com Ben Harper. O francês diz amar nossa sonoridade. Pode-se comprovar porque a faixa 12 do Hôtel Costes, Volume 1 é um fino remix de “Chorando Sim”, do carioca Almeidinha, que foi trilha sonora do filme francês “O homem do Rio”, de Philipe de Broca, em 1963. Classe!

Enquanto São Paulo se agita, o sossego me faz companhia. Sugestão para quem também preferir relaxar.

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