domingo, 8 de abril de 2012

Heleno. Rodrigo Santoro Impecável. Que Estética!

Sentada em minha cama, neste momento, reflito sobre “Heleno” (José Henrique Fonseca, 2012). Cercada de revistas e livros, tento elaborar pensamentos coerentes, livres de tantas emoções, porque escrever sem emoção sobre esse filme é impossível, por isso sem “tantas” emoções. Uma das revistas que está ao meu lado é a edição do mês da Lola, aberta na matéria com o Rodrigo Santoro. Do outro lado está o livro “Nunca Houve um Homem Como Heleno” (Marcos Eduardo Neves, Zahar).

Pois é. Saí tão estarrecida do cinema que fui direto para a livraria procurar algum título sobre o jogador tempestuoso. Mesmo que um jornalista, crítico, tente escrever com o máximo de coerência e embasamento, não é sempre que ele consegue abrir mão de uma opinião muito particular, que vai contra todos os critérios imprescindíveis para analisar uma obra cultural. E estou nesse impasse. Eu simplesmente amei “Heleno”. O filme é lindo, emocionante, com um ator impecável e, meu Deus, que estética!

São notórias as falhas no roteiro e ficam sim evidentes trechos da vida do jogador que não foram explicados e que por isso ficaram sem sentido, mas diante da confusão emocional e mental tão evidentes e interessantes precisaria de mais uma hora, no mínimo, para mais questões serem exploradas – algo que fatalmente vou descobrir mesmo lendo o livro de Marcos Eduardo Neves.

Achei exagerada a comparação com o filme O Artista (Michel Hazanavicius, 2012) porque o investimento também não pode nem de longe ser comparado. Mas adorei e achei de extremo bom gosto a escolha de contar a história de Heleno de Freitas em preto e branco – uma vez que o auge do ídolo botafoguense aconteceu nos anos 1940.

Desejo do fundo do meu coração que esse filme seja visto. Pelo trabalho primoroso, pelo personagem tão interessante que merece ser lembrado e conhecido pelas novas gerações e, principalmente, por Santoro. “Heleno” é o maior “cala a boca” que vi nos últimos anos. A transformação física pela qual Santoro vai passando ao longo da trama é de impressionar. Foram 12 quilos perdidos e sentido, pois seu emocional sentiu bastante a perda de peso. Louvável e louvável. Estou muito feliz e orgulhosa do cinema brasileiro. A mesma sensação que tive ao término de “Xingu” (Cao Hamburguer, 2012).

2 comentários:

Marcos Eduardo Neves disse...

Adorei seu comentário sobre meu livro. Só vi hoje. Muito feliz mesmo. Obrigado!

Marcos Eduardo Neves disse...

Adorei seu comentário sobre meu livro. Só vi hoje. Muito feliz mesmo. Obrigado!