sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Rita Ora. Primeiro Álbum. Jay-Z. Ora.


O show biz alimenta-se de rivalidade. O tão aguardado álbum “Ora”, de Rita Ora, abre oficialmente a competitividade entre ela, Rita, e Rihanna. Pelo som que produzem, mas principalmente porque ambas nasceram do mesmo produtor, o visionário-do-pop, Jay-Z.

Como tudo que vem de Jay-Z, em “Ora” ouve-se o que há de mais moderno em sonoridade. “R.I.P.”, o single lançado há algum tempo, em parceria com o rapper britânico Tinie Tempah, é a faixa mais impressionante no quesito combinação de sons e arranjos vocais. Rita Ora impõe presença e faz bonito. 

“How We Do (Party)” é a típica faixa melódica que funciona muito bem; vibrante na medida ideal para ouvir, mas não para dançar. “Shine Ya Light” e “Radioactive” são mais do mesmo e de um mesmo preguiçoso, típico de épocas em que aquela inexplicável inspiração passa longe dos estúdios, e que nem geniais artistas nunca puderam fazer qualquer coisa a respeito.

“Fall in Love”, em parceria com Will.I.Am, provavelmente alcançará mais espaço pela parceria em si e porque os trejeitos sonoros típicos de suas produções são claros e, por isso, certos de sucesso.

“Young, Single & Sexy” é uma balada envolvente absurdamente “jay-z’ístca”. E isso é bom e ruim, porque garante um bom posicionamento quanto single, mas lembra Beyoncé.

Quem vem acompanhando e gostando dessa tendência de sons mais pesados, mais voltados para a pista, fica um pouco desapontado com o conjunto da obra. “Ora” não emociona. Cumpre, talvez, o seu papel de produto para consumo imediato. Longe de ser o disco de estreia memorável com o qual sonha todo cantor, “Ora” apenas apresenta a moça natural de Kosovo, naturalizada britânica, que deseja conquistar seu lugar no cenário musical mundial.

Se a competição com outros nomes, não só Rihanna, será acirrada, impossível prever, mesmo falando de um mercado tão feito de fórmulas para lá de conhecidas. O que se pode dizer de Rita Ora é que é bom sim prestar atenção nela.


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