quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Madonna. A Revolução.




Quando digo que Madonna é a própria revolução não estou me referindo apenas ao número de álbuns que vendeu ao longo desses 30 anos de carreira ou aos escândalos que causou em cada fase de sua vida milimetricamente planejada. Madonna é a revolução porque sobrepõe às suas fraquezas e emoções uma enigmática capacidade de manter o foco. Obcecada por “check”. É assim que vejo e me apaixono por Madonna. Quem, além dela, em tantas áreas da vida ou dominando tantos talentos, conseguiu chegar tão longe?

Em cada fase de sua vida, logo da vida de muitos dos seus fãs, Madonna mostrou que nada precisa ser como os padrões impõem. Hoje, aos 54 anos, não é diferente. Enquanto muitas pessoas a criticam pela busca de uma juventude perdida, que mesmo ela com tanta disciplina e determinação jamais será capaz de reverter, leio seu comportamento como mais uma tendência que se antecipa. Se os 30 anos são os novos 20, se não escolher a tríade apartamento/casamento/filhos depois da formatura não é mais um escândalo ou um encaminhamento para a terapia, por que aos 50 anos o corpo da mulher não pode exibir uma bela forma e ser desejável e tão livre de qualquer dependência psicológica do tipo que se expressa “é a idade”. Madonna é a revolução da ciência e do poder da mente sobre o corpo que desafia os anos com um riso malicioso.

Hoje, diante desta moça, mulher, senhora, pouco importa, o mundo vive o mesmo momento de incompreensão que viveu em todas as fases de sua carreira. Provavelmente, só daqui a alguns anos, quando mais mulheres se assumirem tão quentes como aos 20 anos, Madonna voltará aos discursos como exemplo de precursora. Porque é sempre assim, alguém precisa sempre ver mais longe, puxar a fila e, em alguns casos, pagar o preço da incompreensão.

Mas quem acha que Madonna realmente se importa?

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