quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Lendo Pessoas.


Acho que estou sofrendo uma espécie de Gula Intelectual! Passeava sem muita pretensão pelos corredores da Livraria Cultura quando me deparei com um título interessante: “1000 Livros para Ler Antes de Morrer”. Uma edição luxuosa, ilustrada e cara.

Neste livro estão os resumos das mais importantes obras publicadas. E, claro, sentindo-me desafiada a conhecer todos os títulos citados ali, fiz uma conta básica. Em 19 anos eu leria todos os livros recomendados, lendo um por semana.

Estou com 25 anos, com 44, portanto, eu seria uma incrível intelectual. Nada mal. Será que arrisco?

Sentada num dos “Pufs” coloridos da mega store – ainda lendo o “Guardião de Memórias” – pensei: e as pessoas? Seriam as pessoas livros ambulantes e incrivelmente importantes para o enredo de nossa história?

Estar verdadeiramente com uma pessoa é ler um bom livro!

Como nunca houve um método eficiente para o incentivo da leitura dos livros de papel, cheguei à conclusão que é por isso que muitas pessoas não sabem se relacionar com verdade. Nunca aprenderam a ler pessoas.

Buscando um paralelo entre as duas coisas, pensei que as dicas para se ler um bom são as mesmas para “ler” uma pessoa: calma, concentração e espírito livre. Deitei um pouco e sorri. Relembrei personagens de minha história real. Personagens que têm histórias distintas mas que se cruzam diariamente com a minha...

(Com Hermínia, minha amiga-gêmea. Café Viena – Livraria Cultura. Ela é uma das pessoas que compõem a história de minha vida. Uma personagem que surgiu do nada mas que não diz sobre o acaso, porque o acaso não existe.)

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