quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sobre a Raiva.


Foi o Rafael Brito que me acordou para esta verdade: a raiva me faz crescer! Contrariando (só um pouco) os malefícios que este sentimento causa às artérias do coração, a raiva é uma mola propulsora poderosa em minha vida. E eu consigo identificar, em segundos, passos importantes ou decisões que mudaram rumos da minha história, partidos desse sentimento.

Abre parêntese: esses dias, arrumando minhas coisas no guarda roupa novo, encontrei uma reportagem que fiz sobre o assunto quando eu ainda estava na faculdade, o que prova o quanto sempre me preocupei com a possibilidade de enfartar devido algum acesso de raiva. Fecha parêntese.

Não sei o motivo, mas sei que é real. A raiva me faz conquistar o inconquistável. E, dependendo da situação, me liberta de inúmeros outros sentimentos que para mim são ainda mais angustiantes como a dúvida, a insegurança e a sensação de prisão que sempre tenho quando algo não está resolvido.

Essa motivação não é uma forma de fazer a pessoa (ou a situação) me engolir, propriamente dito, mas de desafiar-me à verdade, triste verdade, que muitas vezes deixamos de crescer por acreditarmos que não podemos ou não conseguimos.

Para mim, a lógica é a seguinte: odeio ser desafiada. Fale que eu não sei, não sou ou não consigo. Detona dentro de mim uma bomba que explode preguiça, medo ou pudor. Porque decidi escrever sobre isso? Não sei ao certo. Apenas queria expressar que os sentimentos fazem bem, mesmo quando aparentam ser completamente inúteis.

Ouvindo: True Colors (ao vivo) – Cyndi Lauper.

Imagem: Raphael Tito, Rio de Janeiro. Talento para a fotografia que sempre me deixa sem palavras. É um gênio para as artes, com sensibilidade aguçada para sentir, viver, experimentar. Uma imagem.

Um comentário:

Unknown disse...

Verdade ein!

"...triste verdade, que muitas vezes deixamos de crescer por acreditarmos que não podemos ou não conseguimos."

Beijokas,Eli^^

Saudades...