segunda-feira, 14 de junho de 2010

Casting.

Assisti “Casting”, espetáculo com Caco Ciocler e grande elenco. Não gostei! Os dois atos me incomodaram muito e em alguns momentos tive que apertar a “Tecla D” do meu sistema para continuar ali. Admito que o texto “pesado” foi passado com certa leveza, levando o público a rir em muitos momentos. O fato é que as atrizes não souberam controlar suas vozes – estridentes e sem harmonia quando tinham que interagir – o que matou a peça para mim, pois 90% do enredo é com elas. Outro ponto péssimo: a nudez total de uma das atrizes. Foi apelativo. Não foi nem de longe o tipo de nudez que agrada aos olhos – embora eu não tenha certeza se toda nudez tem que agradar.

“Casting” situa-se numa cidade russa e conta sobre a tentativa de seu povo de sair da apatia e desesperança geradas pelo fim do comunismo e início do capitalismo. As personagens principais, quatro mulheres de várias gerações – algumas sem um corpo ideal – batalham para ser levadas para Singapura para trabalhar em um “show” que depois se descobre ser um show erótico. Ciocler faz muito bem o papel de produtor do processo seletivo e seu lado ridículo – no bom sentido – é bem bacana.

É claro que escrever sobre qualquer produto de arte e cultura é muitíssimo complicado pela realidade óbvia: além do gosto de quem escreve pesa também o tamanho do conhecimento que se tem sobre o contexto. Ratifico, então, que não tenho nenhuma intenção de mostrar-me como profissional do assunto. Minha opinião é livre.

Para gostar ou não gostar, incentivo sempre que se vá ao teatro. Que se saia de casa! O melhor de uma crítica sempre é o fato de ter vivido a experiência.

Ouvindo: Quem Sou Eu – Sandy Leah.

Foto: Casting – Divulgação.

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