domingo, 20 de junho de 2010

Fábio Jr. e o Tal do Borogodó.

O homem desejo nem sempre é belo ou rico, mas sempre é livre. Livre de frescuras, de pressa, de passado e futuro. O homem desejo é sempre hoje. Ele é intenso, dança num palco ou no meio da sala com a mesma paixão. Ele envelhece mas em seu rosto não se enxerga rugas. Ele pulsa vida.

Nasci em 1982 e Fábio Jr. já era um homem desejo. Hoje, 28 anos depois, ele continua. Cada um tem um gosto e muitos podem discordar, mas duvido que qualquer pessoa mais ou menos entendida do que é o tal do “borogodó” não se renda diante dele.

Assisti seu último show no Credicard Hall. Sempre quis gritar “lindo!” diante daquela mexidinha no cabelo na altura da nuca. Ele faz amor quando canta! (Ok. Brega) Tenho 100% de certeza que todas as mulheres naquele espaço iriam para a cama com ele, se pudessem. O que fiquei a pensar, depois, é: o que torna um homem o desejo em pessoa? (Adoraria muitos comentários sobre essa pergunta)

Fábio Jr. é para mim o homem desejo porque não consigo imaginar que ele use qualquer palavra vulgar enquanto está com uma mulher. Isso para mim é tudo. Ele é o homem que consegue o que quer contando histórias mansas, falando devagar, com voz baixa, agindo como se a coisa menos importante do mundo fosse o sexo. Acho muitíssimo charmoso quem deseja algo e não se comporta como quem deseja. É atraente demais quando um homem não demonstra onde ele quer chegar. Quando não consigo ler nada nos olhos de um homem ele se torna muitíssimo interessante.

Um Fábio Jr. adora uma mulher sem olhá-la como um simples composto de zonas erógenas. Um Fábio Jr. nunca concorre com uma mulher. Os namorados e maridos presentes no show se constrangeram um pouco diante da gritaria. Não sei se seus egos correram dali de vegonha, mas imagino que boa parte tenha se perguntado: o que ele tem que eu não tenho?

O show em si não me deixou totalmente satisfeita. Apesar de o repertório ter sido o que todos nós sonhamos, achei que ele cantou de qualquer jeito. Contratem um cenógrafo com urgência e nunca deixem que o Fiuk entre no palco e não diga ao menos um “oi” para a plateia.

Ok. Gritei muito com a entrada do Fiuk. Eu iria para a cama com os dois... Juntos.

Ouvindo: Sem Limites Pra Sonhar – Fábio Jr.

Foto: Show no Credicard Hall – 18 de Junho de 2010.

Nenhum comentário: