quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Minha Sala de Música. Taylor Swift.

Parece que vou ficar dias aqui. Não quero falar mais do que devo, pois tenho medo que tudo se torne ainda maior. Meu coração está transbordando e o que se esparrama dele é quente e espesso. E eu fico a todo o instante lembrando uma frase da doce Taylor Swift numa entrevista que li recentemente: “uma dor só vale a pena se virar uma canção”. Estou tentando fazer com que tudo o que estou sentindo se torne algo maior, mais bonito e que nada torne meus dias menos interessantes ou felizes.

Depois que li tal frase, fiquei curiosa sobre a carreira de Taylor Swift. Achei maduro demais a compreensão da moça sobre a (in)utilidade dos momentos offline que invariavelmente vivemos. Confesso que não gosto muito de cantora ou cantor que tem esse timbre meio Disney, mas mesmo assim decidi conhecê-la de coração aberto. Speak Now seria uma boa maneira de começar porque o disco está quentinho. O terceiro álbum é todo escrito por Taylor. São letras que expressam seus sentimentos e vivências – e para quem acompanha sua vida e carreira, dá até para saber sobre o que ou quem a loira está falando.

O primeiro single lançado, Mine, é uma canção fofa, sobre um tema atemporal e nada restrito aos adolescentes: amor não correspondido. E nesta canção, Taylor pergunta: “por que é que nós damos uma chance ao amor se ele nunca dura?”. Pergunta muito pertinente, afinal. Em If This Was a Movie, ela conta sobre um amor ao qual não soube dar valor. Letra honesta e melodia muito gostosa. É uma das minhas duas preferidas. As mais adolescentes, The Story Of Us e Better Than Revenge são as faixas menos interessantes, agitadas a proporções enjoativas. Foi o momento que notei que sua música é jovem demais para os meus ouvidos – ainda. Já Back to December é uma belíssima balada. Minha segunda preferida. A letra sincera – pelo visto contando uma história real – dá aquela peculiar vontade de colocar a música no repeat. O álbum deluxe traz essa canção também em versão acústica.

Se a indústria da música já aceitou que o mercado de compra de discos não é mais o mesmo, na semana de lançamento de Break Now um milagre aconteceu. Que tal 1.047.000 cópias vendidas? Cópias físicas! Os downloads passaram de 2 milhões.

Entender o processo de criação de Taylor me fez gostar de ficar mais tempo na minha sala de música. Posso falar sobre o que eu quiser em meus textos, de forma clara ou em códigos, e pensar que por mais que muitas vezes me leiam – no caso dela, a escutem – ainda posso sentir como se tudo que eu coloco aqui, morresse aqui, e ninguém estivesse a me observar para me julgar.

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