quarta-feira, 11 de maio de 2011

Renova-me. Refaça-me. Desfaça-me. Avalon. Renew Me.


Acredito que a música seja uma válvula de escape muitíssimo importante para emoções ainda indefinidas. Como um espaço vazio que deve ser preenchido enquanto a razão não consegue explicar o sutil, o que não tem a ver com o corpo físico e nem com o corpo emocional. A música é um abraço, um cachorrinho que não fala, não aconselha, mas está ali, ao lado, preenchendo um espaço que nem outro ser humano é capaz de preencher porque julga.

Enquanto mergulho nesse mar de sentimentos sem explicação, sentimentos futuros até – sobre algo que não sei – ouço Avalon, uma de minhas paixões, como já publiquei aqui. Se a música do momento reflete o estado de uma sociedade, o estilo que marca meu “cosmos” nessa fase de minha vida tem total coerência com meus questionamentos, sentimentos e desejos: mais Deus em tudo.

Quero destacar “Renew Me”, do álbum “The Creed”(Sparrow, 2004). Com uma letra fortíssima, é uma daquelas canções que sugam nossa alma, nos deixa ocos por alguns segundos e como uma injeção de ar violenta pulmão a dentro, somos renovados com algo infinitamente melhor. Talvez porque “Renew Me” seja aquela canção que fala sobre todos nós no escuro de um quarto. Momentos que nem todos gostam de viver ou falar sobre.

“Por que eu sou uma janela tão empoeirada cuja luz não brilha completamente?/ Por que sou só uma estrela minúscula em um céu tão azul?/ Por que eu ofereço tudo com meu coração fechado como um punho?/ Eu quero amá-lo melhor do que isto ... Eu sei que é hora de orar por mudança/ Dar tudo que eu tenho para dar/ Eu quero amá-lo melhor do que isto/ Então, renova-me/ Refaça-me/ Desfaça-me/ Concerte-me/ Vem nos espaços vazios de meus lugares quebrados/ Consuma-me/ Complete-me/ Possua-me/ Redima-me ...”

Depois que o homem assume sua condição de criatura e sua necessidade de algo superior o guiando, a sensação que fica pode ser ainda a de estar mergulhando em um mar denso. A única diferença é que agora ele pode respirar e aproveitar a experiência para explorar os mistérios ali guardados.

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