“Interiores” foi o primeiro drama produzido e dirigido por Woody Allen, em 1978. Impacta fortemente pelo retrato verdadeiro das emoções depois que um forte laço se rompe inesperadamente – no filme, o laço familiar. O pai, Arthur, vivido por E.G. Marshall, resolve pedir um tempo no casamento, nada aparentemente definitivo. A mãe, Eve, vivida brilhantemente por Geraldine Page, é uma mulher exigentíssima, perfeccionista, de um nível que oscila entre à admiração e à ojerija, e que por isso está doente. As três filhas: Renata, vivida por Diane Keaton; Joey, interpretada por Mary Beth Hurt e Flyn, personagem de Kristin Griffith, têm seus dramas pessoais que giram em torno de como se sentem em relação à doença da mãe, ao desejo de ver o pai feliz em sua nova escolha e quanto ao seus próprios papeis como esposa, profissional e irmãs.
É interessante se colocar no lugar de cada personagem e entender seus direitos e deveres, porque todos têm, na busca do objetivo de cada um poder ser feliz à sua maneira. O filme descompassa o ritmo da respiração se já se viveu alguma cena retratada, o que é fácil porque Woody Allen encena acontecimentos comuns em toda família que se separa. Mas como estamos falando de Woody Allen, é não é diferente por ser o seu primeiro drama, os diálogos são profundos e difíceis.
Imperdível, como tudo o que Woody Allen faz.
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