domingo, 23 de março de 2008

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Chegando em Vigário Geral o primeiro impacto: um lugar colorido, feliz, limpíssimo, onde não se via nenhum papel de bala jogado no chão.

Conhecemos o estúdio onde as bandas ensaiam. Dentro, batemos um papo sobre as leis que regem Vigário Geral e como o AfroReggae media os conflitos. Quem nos recebeu em VG foi o Vitor, coordenador do Núcleo. Morador da comunidade desde que nasceu. Um jovem bem articulado.

Passamos na casa de alguém da comunidade para descansar do sol forte e ver alguns vídeos sobre os trabalhos do GCAR. Alguns eu já tinha visto, mas depois de presenciar tanta coisa, revi com outros olhos e emoções. Segurei um pouco a vontade de chorar, mas confesso que foi difícil. Ali começou a entrar em erupção o vulcão de minhas emoções. E justamente as emoções que me movem a lutar por alguma coisa real.

Indo para a associação dos moradores de VG, onde o AfroReggae mantém suas atividades, deixei cair discretamente algumas lágrimas. Eu pensei em muitas coisas, principalmente nas diversas formas de violência que aquele pessoal deve ser vítima. E eu pensei também nas violências sutis e bastante cruéis que eu senti em toda a minha vida.

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