terça-feira, 11 de março de 2008

Maria.



Ele não desistiu de Maria. Quer ainda escrever sobre ela. E para ele, Maria é independente, inteligente, moderna, uma mulher que sabe de si e tem aquela prepotência natural, sabe. Ou só sabe quem tem. Segundo ele, Maria pode até se sentir só, mas nunca deixa transparecer isso além das paredes de seu corpo físico. A Maria vive só o que quer e com quem quer. Maria chora, mas não por muito tempo. Sofre, mas não deixa rastro de saudade, pois ela é presente.Ele imagina que Maria é parecida comigo. Eu já imagino que Maria é melhor que eu.


Andei livre. Porque me sentia já livre de um humor ruim, preso, como se quisessem me prender de alguma forma, o melhor de mim. E essa liberdade de andar livre, livrou. Muita gente me viu. Ou viram meu short. Meu estilo. E ele também disse que quando eu ando muita gente fica olhando, como se olha um prato de comida no auge da fome. Não com tara erótica, segundo ele. Pensei na Maria sim. E imaginei-me atriz, vivendo-a. Viagens literárias de uma literatura que ainda nem existe. Ou existe. Ou é minha vida.

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