quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Blake Lively Novo Rosto da Chanel. Gerações.

Blake Lively. Hoje, o novo rosto da Chanel. Eleita pelo todo-poderoso Karl Lagerfeld, a atriz de Gossip Girls declarou estar se sentindo como Cinderela, no instante em que calçou os sapatos de cristal. Blake Lively, nome conhecidíssimo pela nova geração, é uma celebridade que não precisa ser descrita. Mas, para a minha geração, quem é Blake Lively?

Californiana, 23 anos, filha de atores, tem uma família bastante envolvida em Hollywood, desde sempre. Cresceu como batista, aos 10 anos fez seu primeiro filme, mas somente depois da série Gossip Girls é que Blake ganhou os holofotes do mundo. Foi uma das atrizes mais jovens a sair na capa da Vogue e foi eleita por um trilhão de publicações como uma das mais bem vestidas de 2010. Embora seu rosto não seja dos meus preferidos – muito clássico, gosto de exóticas - aprecio seus looks descolados, que mesmo com peças clássicas ficam bastante modernos. Ela gosta de mostrar o corpo e adoro isso! É um bom exemplo a seguir para as que gostam dos minis. Lively mostra que corpo bonito é para se mostrar sim, mas sempre com muito bom gosto, claro.

Novos nomes despontam na música e na moda e substituem outros que há pouco tempo gritavam nas manchetes. Tenho acompanhado essas mudanças com um olhar diferente. Um olho, talvez, aqui, na minha geração, e outro na delas, a geração que vem depois de mim.

Há alguns meses, Ana* (nome trocado), uma grande amiga, viveu um conflito interessante. Sua irmã de 18 anos disse que ela está se vestindo como “velha”. Ana, assim como eu, acabou de completar 29 anos. É nítido que estamos nos despedindo de uma época, mas mais nítido ainda é perceber que nem todas as pessoas percebem a mudança em seus gostos e hábitos e começam a se enquadrar nos famosos rótulos. O que se pode vestir ou não aos 30, aos 40 ou aos 50? O que é ser jovem? O que é desta ou de outra geração? Este comentário simples gerou uma crise existencial em Ana que nem em um mês eu conseguiria descrever. Mas reparei...

Como jornalista, é minha obrigação saber o que rola em todas as esferas, mas quem realmente recebe o novo sem defesas? Recentemente, li uma entrevista da Claudia Raia falando sobre isso. “Não tenho medo dos jovens”. E quem realmente não tem se torna um? Olhar para a nova geração e gostar dela é difícil porque implica aceitar que muita coisa mudou e que você está mudando. Quando vejo novos rostos como o de Blake Lively, Emma Watson – linda, linda, linda – Alexa Chung, entre tantas outras, que vejo os efeitos do tempo.

Não acho que o ser eternamente jovem esteja ligado simplesmente ao que você veste. Só que ajuda sim amar as novas musas e aprender com elas e se divertir, brincando de se vestir, de ser diva, curtindo ou dançando suas músicas ou filmes. Eu, já adotei Taylor Swift e Emma Watson de coração. Gosto muito do estilo da Ke$ha – infelizmente, não da sua música – e me divirto com Katy Perry. Reconhecidamente, não me dão 29 anos e adoro isso. Dentro de mim, 24 horas fashionista, não sou o rosto da Chanel – porque nem me identifico com a marca – mas sou o da Cavalera. Amo! E acho que talvez minha juventude será eterna se eu nunca perder o brilho nos olhos diante de uma vitrine. Afinal, o novo é todo dia.

Ouvindo: Shakira – Lo Hecho Esta Hecho

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