domingo, 13 de março de 2011

Lea Michele. Oportunidades. Intensidade.

Ops! Quebrou o saca rolha. Consigo abrir o vinho com um pouco de esforço. Sozinha em casa, gosto de saborear um bom vinho ouvindo música ou lendo um bom livro. Enquanto ajeito uns petiscos, ouço “Defying Gravity”, versão cantada por Lea Michele e Chris Colfer, de Glee.

Há alguns dias venho pensando em Lea Michele. Venho ouvindo suas interpretações com ouvidos mais atentos. Não que eu não tenha percebido seu imenso talento. É que meus últimos dias tem me feito pensar no assunto que imagino Lea pensando constantemente: como aproveitar as chances que a vida oferece?

Se eu fico imaginando o que os artistas pensam? Sim, muitas vezes. É que eu amo pessoas empenhadas em seus sonhos. Se noto brilho nos olhos – no caso de Lea, brilho na voz – nasce em mim um grande interesse. Talvez, isso seja uma busca por identidade, pelos incontáveis sonhos que tenho – nenhum deles é virar artista, que fique claro.

Lea Michele preenche todos os espaços. Sabe o que é não deixar uma única frase cantada sem intensidade? Ela quando canta, se entrega de tal forma que é impossível não sentir raiva dela. Raiva? É. Se você está de bom humor é aquela raivinha que leva um sorriso, algo assim: “como ela consegue?”. Se você está meio de mal com a vida e consigo, a raiva é aquela que diz “ela é meio nojentinha”.

Ainda criança, Lea estreou na Broadway, no musical Les Misérables. Depois de outros musicais, conquistou o papel principal de Wendla Bergman, em Spring Awakening, montagem indicada em onze categorias ao prêmio Tony, conhecido como o "Oscar da Broadway”. Em Glee, ela é Rachel Berry, alguém que não consegue passar um episódio sem deixar uma impressão. Não só pelo que canta, também por seu comportamento e pensamentos e, principalmente, pelo o que seu sonho significa e como ela nunca perde o foco.

Quando ela canta a clássica “Don’t Stop Believin’”, original do Journey – que inclusive passa por São Paulo neste mês – é como se uma energia fervente subisse do dedão do pé até o topo da cabeça. Algo muito bom de sentir quando se quer impulso.

Meu copo está quase vazio e ainda estou à procura da descirção perfeita sobre Lea Michele. Ela me faz pensar que a busca de um sonho é isso: aproveitar todos os espaços. Mesmo aquele detalhe que pensamos que nunca será notado. Os detalhes, o vazio, atenção a tudo o que pode passar despercebido.

Tenho pensado em Lea Michele por isso. Até aqui, será que aproveitei cada chance que a vida me deu? Amei com verdade? Toquei a alma de alguém? É o efeito do vinho ou tenho mais vontade de me jogar na vida?

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