segunda-feira, 5 de maio de 2008

Velho? Novo?


É bom quando o velho permite que o novo chegue. Quando a mistura é interessante, quando as diferenças não fazem a menor diferença.

Resolvemos (Paula e eu) fazer uma festa de aniversário para o Naldo (meu professor de break), na minha casa, no sábado à noite. Quando eles chegaram (Paula e Naldo), a casa estava cheia – detalhe: os convidados não conheciam o aniversariante. O que tinha tudo para ser constrangedor e inquietante foi divertido e aconchegante. Tadeu, na hora dos parabéns, soltou um “é pique, é pique, é Hip, é Hip Hop”, convidando com criatividade meu novo amigo a integrar de vez à turma. Daniela, com seu sorriso arrebatador, tentou cumprimentá-lo com um ar meio de “mana”. Sem falar, como sempre, das palhaçadas da Silvana.

Depois de três filmes, muitas risadas e sessão de fotos, refleti, olhando para o teto do meu quarto, antes de pegar no sono, quase com o dia amanhecendo, que a paixão essencial da minha vida é se relacionar. Com as diferenças, com os autores dos livros que leio, com os parceiros de dança (que podem durar uma vida ou uma noite), e comigo mesma. E os melhores relacionamentos são aqueles que eu não tenho a obrigação de classificar. Eles existem e ponto. Causam-me sensações inenarráveis e ponto. Fazem-me rir e ponto.

Virei para o lado, fechei os olhos e tentei não pensar em mais nada. Só deixar a sensação agradabilíssima dos laços afetivos invadir meu corpo e me desligar. Esses laços que não são velhos nem novos, quando são verdadeiros.

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