Tenho ouvido o disco de Lana del Rey e ainda não tenho uma opinião formada. “Born to Die” (Universal, 2012) é o álbum de estreia da britância que foi apresentada pelos críticos como o talento que devemos prestar atenção, como aconteceu com Jessie J no final de 2010.
“Born to Die” é um disco envolvente sim. E, digo, ótimo para acompanhar atividades nas quais precisa de concentração. Real poder de inebriação. Não consigo falar, hoje, mais que isso. E hoje, também, o New York Times publicou um artigo iniciando um debate em torno do papel da web para levantar e manter ídolos.
A maneira como Lana del Rey articulou seus vídeos na rede chamando a atenção da mídia e do público para si mesma, não esclarece a verdade sobre o seu real talento. Algo que presenciamos quando Madonna surgiu, aproveitando-se tanto da imagem de rebelde - que misturava o rock com símbolos religiosos – como do nascimento do videoclipe. O que podemos dizer que Lady Gaga fez também. Suas fantasias e maneiras de se expressar fugiram tanto do que o pop vinha apresentando que não deu outra: sucesso. E quem hoje gosta mais da música de Gaga do que de suas aparições excêntricas?
A capacidade de Lana del Rey de traduzir sua música para a tela de computador ajudou a pavimentar o caminho para o sucesso de seu álbum. Imagem ou talento?, é real o questionamento do NYT.
Enquanto essas perguntas ficam no ar e eu ouço mais um pouco “Born to Die” para ter alguma opinião mais concreta, já sabemos de uma coisa: o YouTube foi/é/ a revolução. As mídias sociais, para variar, estão mais uma vez na mesa de debate. Talento ou habilidade em “compartilhar”?
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